Em uma ação coordenada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, através do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), e a Secretaria de Fazenda do Estado (SEFAZ/MS), foi deflagrada a Operação "Última Dose" para combater um esquema de fraude fiscal no setor de bebidas alcoólicas destiladas.
A operação teve como objetivo desmantelar uma organização criminosa que causou um prejuízo estimado de R$ 18 milhões aos cofres públicos.
Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três estados: Mato Grosso do Sul (Paranaíba), Goiás (Itajá) e São Paulo (São José do Rio Preto). As ações visam coletar provas e informações que possam desarticular o esquema, facilitando a recuperação dos valores desviados e a responsabilização dos envolvidos.
Em Paranaíba, três dos cinco mandados foram executados, reforçando o papel estratégico da cidade na operação. As investigações apontaram que uma empresa local estava envolvida na compra de mercadorias de “empresas noteiras” — entidades responsáveis pela emissão de notas fiscais fraudulentas.
Segundo informações levantadas pela SEFAZ/MS, a empresa movimentou cerca de R$ 21 milhões em mercadorias ao longo de 18 meses, apesar de possuir um capital social de apenas R$ 50 mil, o que gerou suspeitas sobre a legalidade de suas operações.
Durante as investigações, foram identificadas conexões entre a empresa de Paranaíba e outras entidades previamente envolvidas em fraudes fiscais, sugerindo uma continuidade das operações criminosas. Além disso, foram detectadas movimentações financeiras atípicas, indicando possíveis práticas de lavagem de dinheiro.
A Delegacia Regional da Polícia Civil de Paranaíba teve um papel importante na operação. O delegado titular, Lúcio Barros, destacou a cooperação local.
"Por aqui, tivemos uma participação acessória, visando auxiliar os trabalhos da DRACCO/Campo Grande. Uma equipe com um Delegado e três Investigadores de Paranaíba prestou auxílio. Uma segunda equipe, com 4 investigadores de Polícia de Aparecida do Taboado também auxiliou no cumprimento dos mandados de busca", explicou o delegado Lúcio Barros.
As apurações ainda estão em andamento, com o envolvimento de diversas unidades policiais, incluindo a Polícia Civil de Minas Gerais e São Paulo, além do apoio contínuo da SEFAZ/MS. A Operação “Última Dose” pretende elucidar toda a rede criminosa envolvida, priorizando a recuperação dos recursos desviados e a punição dos responsáveis, que poderão ser acusados de crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Fonte: MS Todo Dia
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