Pressionado pela queda de popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (12) o programa “Crédito do Trabalhador”, que amplia o acesso ao crédito consignado para trabalhadores formais (regime CLT). A expectativa do governo é que a iniciativa movimente a economia ao oferecer financiamentos mais baratos para 47 milhões de brasileiros, incluindo empregados rurais, domésticos e assalariados de microempreendedores individuais (MEI).
Os empréstimos, que estarão disponíveis a partir de 21 de março, poderão triplicar a carteira de crédito consignado do setor privado, chegando a R$ 120 bilhões, segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). O novo modelo permitirá que os trabalhadores solicitem crédito diretamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), sem necessidade de convênios entre empresas e bancos.
A taxa de juros deve girar em torno de 2,5% ao mês (cerca de 34,4% ao ano), bem abaixo dos 5,5% mensais (90,2% ao ano) praticados atualmente no crédito pessoal. O trabalhador poderá comprometer até 35% do salário com as parcelas, que serão descontadas automaticamente pelo sistema eSocial. Além disso, até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória poderão ser usados como garantia.
Economistas avaliam que a medida pode ajudar a reduzir o endividamento ao permitir a troca de dívidas mais caras por financiamentos mais acessíveis. No entanto, alertam para o risco de aumento do endividamento e impacto na inflação, caso o crédito incentive o consumo imediato sem planejamento.
Além do novo consignado, o governo já havia liberado um saque extraordinário do FGTS, beneficiando trabalhadores demitidos desde 2020 que aderiram ao saque-aniversário. A medida pode injetar R$ 12 bilhões na economia, mas enfrenta críticas do setor imobiliário, que teme impacto na oferta de financiamento habitacional.
A medida provisória assinada por Lula precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias para ter validade definitiva. Durante a tramitação, os parlamentares podem modificar as regras propostas pelo governo.
Fonte: BBC/MS Todo Dia
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