Mesmo com a redução de área de pastagem e do rebanho, os abates de animais em Mato Grosso do Sul subiram 13,8% no ano passado, ultrapassando 3,5 milhões. Este resultado é atribuído tanto ao maior uso de tecnologias por parte do produtor, como pelos incentivos que o Governo do Estado tem dado à produção por meio do programa Precoce MS.
Somente de novilhos precoces, o salto foi de 112% desde 2018, quando foram abatidos 722.217 bovinos para 1,534 milhão de animais no ano passado.
Este case de sucesso foi apresentado ontem (26) na Dinapec 2025 em palestra conjunta do secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico-Sustentável, Rogério Beretta, e o presidente da Associaçaõ dos Produtores de Novilho Precoce de MS (Novilho Precoce MS), Rafael Gratão.
Para um público de produtores e pesquisadores eles mostraram o que é o programa, os avanços e as mudanças que trouxeram ainda mais sustentabilidade à criação pecuária. Segundo o secretário Rogério Beretta, o programa se adaptou às novas tecnologias e hoje exige ainda maior eficiência dos pecuaristas.
"Mesmo com queda na área de pastagem, redução do nosso rebanho, tivemos um aumento de produção. Então isso daí, aqui dentro da Embrapa é muito tranquilo de dizer, porque a Embrapa é uma das principais responsáveis por esse acontecimento. É a tecnologia que vem para incrementar a pecuária e os números mostram isso facilmente", salientou Beretta.
Ele destaca que a meta do Governo é atender o Estado Carbono Neutro. Com estas mudanças o programa atende a legislação ambiental, o Processo Produtivo em conformidade (BPA) e os avanços de tecnologias que impactam na sustentabilidade.
As mudanças também atendem aos critérios do PNEFA - MS que prevê incremento nos protocolos de controle zootécnico e zoossanitário; nas condições de Biosseguridade e incremento nos processos de Rastreabilidade animal (Segurança na Cadeia da Carne).
No ano passado o Precoce MS remunerou em mais de R$ 117 milhões os produtores cadastrados.
"Temos aqui uma evolução muito grande do agro, mas a gente tem também uma evolução muito grande da pecuária. Esse momento do Estado que já é o momento que vem acontecendo desde o governo passado, é do Carbono Neutro, a busca da neutralidade das emissões de carbono até 2030. Então em 2017 a gente mudou os protocolos do programa precoce MS inserindo critérios de sustentabilidade, mas em seguida sentimos a necessidade de levantar a régua. Levantar a régua justamente para que a gente pudesse orientar melhor e fazer com que os produtores avançassem na produção. Aí a Associação teve um papel muito bacana, uma nova proposta de implementação do protocolo", complementou.
O presidente da Novilho Precoce, Rafael Gratão, ressaltou a parceria entre a Semadesc e a Associação.
“A gente teve o capricho de cuidar e desenvolver um protocolo que qualquer produtor consegue seguir. E eu lanço aqui um desafio: qualquer produtor presente pode me mostrar o que não é possível fazer dentro desse protocolo. E mais, desafio também a Europa e o mundo, que muitas vezes criam barreiras comerciais para a nossa carne, a analisar esse protocolo e ver que tudo está ali, medido — sustentabilidade, viabilidade econômica. O programa é acessível, está ao alcance de todos. Isso, sim, é política pública que dá certo”, enfatizou.
Números
Atualmente o Precoce MS tem 2.848 produtores cadastrados, com 615 profissionais responsáveis técnicos; e 516 estabelecimentos com atestado de adequação, sendo 409 em nível avançado; 75 no nível intermediário; 26 no nível básico e 2.333 em nível obrigatório. São 1.930 estabelecimentos rurais com identificação animal; 316 em unidades de confinamento e 492 estabelecimentos rurais com associativismo.
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