Brasil registra queda de 70% nas áreas atingidas por queimadas no 1º trimestre de 2025, mas Roraima lidera focos de fogo

Do total de áreas queimadas no início deste ano, 78% correspondem à vegetação nativa, sendo que 43% são de formação campestre,

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Nos três primeiros meses de 2025, o Brasil registrou 912,9 mil hectares de áreas atingidas por queimadas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Monitor do Fogo, ferramenta do MapBiomas que utiliza imagens de satélite para mapear cicatrizes de fogo em todo o país.

O número representa uma redução de 70% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 2,1 milhões de hectares atingidos pelo fogo em território nacional.

Do total de áreas queimadas no início deste ano, 78% correspondem à vegetação nativa, sendo que 43% são de formação campestre, o que evidencia a vulnerabilidade de biomas naturais às ações do fogo, sejam elas acidentais ou provocadas.

Entre os estados brasileiros, Roraima foi o mais impactado, com 415,7 mil hectares queimados. Na sequência estão o Pará, com 208,6 mil hectares, e o Maranhão, com 123,8 mil hectares. Em relação aos municípios, Pacaraima e Normandia, ambos em Roraima, lideraram o ranking, com 121,5 mil e 119,1 mil hectares queimados, respectivamente.

Segundo o pesquisador Felipe Martenexen, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a concentração de queimadas em Roraima reflete as características climáticas da região. “Roraima vivencia sua estação seca no início do ano, o que torna o estado particularmente vulnerável às queimadas nesse período. Os dados do primeiro trimestre de 2025 refletem essa sazonalidade climática”, explica.

Apesar da queda geral nos números, o alerta permanece. A pesquisadora Vera Arruda, do MapBiomas Fogo, ressalta que o Cerrado teve destaque negativo. “A ocorrência do período de chuvas contribui para essa diminuição das queimadas. No entanto, o Cerrado se destacou com a maior área queimada no primeiro trimestre em comparação aos últimos anos, o que reforça a necessidade de estratégias específicas de prevenção e combate ao fogo de cada bioma”, afirma.

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