Produzir um hectare de milho em MS custa R$ 4,4 mil e exige produtividade acima da média para cobrir gastos

Estudo da Aprosoja/MS revela que fertilizantes lideram custos e rotação com soja melhora viabilidade econômica

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Produzir um hectare de milho em sistema solteiro em Mato Grosso do Sul custa, em média, R$ 4.470, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (5) pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja do Estado). O valor equivale a 89,49 sacas por hectare, considerando o preço médio de R$ 50 por saca de 60 quilos. A produtividade média estimada no estado, porém, é de 81 sacas por hectare, o que acende o alerta para a rentabilidade da cultura.

O estudo aponta que os fertilizantes são os principais responsáveis pelos custos, representando 41,8% do total — o equivalente a 24,2 sacas por hectare. Em seguida aparecem as sementes, com 27,3% (15,8 sacas), e os inseticidas, que somam 9,8% (5,7 sacas).

Além dos insumos, o custo operacional do milho inclui despesas com assistência técnica, transporte, armazenagem, juros, depreciação de máquinas e encargos administrativos. O custo total também leva em conta a remuneração do capital investido.

Nas propriedades que adotam o sistema de rotação de culturas, utilizando o milho como forma de amortizar os custos da soja, o custo de produção por hectare cai para R$ 3.278,83 — o equivalente a 65,58 sacas, o que torna a lavoura mais viável financeiramente.

“A cada safra, vemos margens de lucro cada vez mais apertadas. Isso exige do produtor rural planejamento, gestão e decisões eficientes. Nosso estudo comprova o que muitos já sabem na prática: a produção de milho em rotação com soja é mais vantajosa economicamente”, afirma o economista da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes.

Os dados representam uma média estadual. A associação recomenda que os produtores façam cálculos próprios, considerando as particularidades de solo, clima e estrutura de cada propriedade.

Fonte: MS Todo Dia

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