Após acusar morador de Alcinópolis de dano ambiental, Mané Nunes tem denúncia desmentida por vistoria de órgãos oficiais

Morador foi alvo de nova investida de Mané Nunes, que o denunciou ao MP; No entanto, fiscalização concluiu que não havia qualquer irregularidade na propriedade, relata

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O morador de Alcinópolis João Batista Silvério, conhecido como “Joãozão”, voltou a ser alvo de uma tentativa de ataque por parte do ex-prefeito Manoel Nunes da Silva, o Mané Nunes. Em fevereiro deste ano, o político compareceu ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul para acusar João de causar danos ambientais em área de preservação permanente, numa denúncia que acabou desmentida por vistoria técnica realizada por órgãos competentes.

Segundo o Termo de Declarações registrado na 2ª Promotoria de Justiça de Coxim, ao qual o Jornal MS Todo Dia teve acesso, Mané Nunes afirmou que João estaria captando água de forma irregular para abastecer uma represa em sua propriedade, localizada na saída para o Buriti. O ex-prefeito também o acusou de manter um chiqueiro supostamente usado para abater animais silvestres, como capivaras, além de operar uma oficina mecânica e um lavador de veículos, alegando que os resíduos estariam sendo despejados no brejo local.

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Ainda durante a denúncia, Mané aproveitou para incluir outras acusações contra a gestão pública anterior de Alcinópolis, apontando um suposto aterro feito em área de brejo nas imediações da propriedade de João. No local moraram cerca de 50 famílias, que seriam prejudicadas com o andamento da denúncia.

A nova tentativa de atingir João, no entanto, terminou mais uma vez frustrada. Em entrevista ao Jornal MS Todo Dia nesta sexta-feira (16), João afirmou que as autoridades foram até sua propriedade para vistoria e atestaram que não havia qualquer irregularidade.

“PMA e Semdema foram lá, viram tudo e constataram que não tinha nada de errado. Ele inventou até que eu fazia caça para pegar capivara. Tudo mentira”, afirmou o morador, indignado.

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A nova denúncia reacende a polêmica que envolve os dois desde outubro do ano passado, quando Mané Nunes teria invadido a propriedade rural de João, utilizando um drone para filmar imagens de campanha eleitoral. Na época, Mané era candidato a prefeito, porém foi derrotado nas urnas em outubro, com a vitória de Weliton Guimarães.

O caso teve grande repercussão à época, após João relatar que o político ignorou seu pedido para retirar o equipamento da área privada e ainda chamou a polícia alegando ter sido ameaçado. Na ocasião, João gravou um vídeo relatando todo o episódio e afirmou que vinha sofrendo perseguição política desde que declarou apoio à oposição.

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A nova tentativa de atingir João por meio da denúncia apenas reforça a percepção negativa de parte da população sobre o comportamento de Mané Nunes. Nas redes sociais, a postura dele já havia sido criticada quando, mesmo diante das acusações de invasão de propriedade, ele tentou se defender alegando que filmava áreas ambientais — justificativa que também não se sustentou diante dos vídeos e testemunhos de moradores.

Agora, com mais uma acusação desacreditada pela fiscalização, fica claro a insistência de Mané Nunes em utilizar instituições públicas para atacar adversários, enquanto tenta sustentar a imagem de defensor do meio ambiente. Ao que tudo indica, a estratégia tem surtido efeito contrário, expondo a prática baseada em denúncias vazias e perseguições contra adversários.

Fonte: MS Todo Dia

Fotos: PL Drones

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