A região norte de Mato Grosso do Sul continua em alerta com o avanço da dengue. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (23) pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), Figueirão, que na semana anterior liderava o ranking estadual de incidência, aparece agora em segundo lugar, mas ainda com índice elevado e considerado alto. O município registrou 36 casos nos últimos 14 dias.
Outro destaque é Sonora, que também apresenta incidência alta, com 96 casos confirmados no mesmo período. A situação preocupa as autoridades de saúde, já que os números indicam uma circulação intensa do vírus nesses locais.
Em Costa Rica e Cassilândia, a situação é de incidência média. Costa Rica contabilizou 39 casos nas últimas duas semanas, enquanto Cassilândia registrou 35. Ambos os municípios mantêm estabilidade em relação aos boletins anteriores, mas seguem sendo monitorados pela SES devido ao risco de aumento repentino.
Ao todo, Mato Grosso do Sul já contabiliza 12.250 casos prováveis de dengue em 2025, sendo 4.796 confirmados. Doze óbitos foram oficialmente atribuídos à doença, e outros nove estão em investigação. Os óbitos confirmados ocorreram em 12 municípios diferentes, incluindo regiões como Inocência, Três Lagoas, Dourados, Aquidauana e Iguatemi. Em quatro desses casos, as vítimas apresentavam comorbidades.
Na contramão dos altos índices da região norte, diversos municípios registraram incidência baixa de casos confirmados nas últimas duas semanas, como Sidrolândia, Naviraí, Amambai, Cassilândia (apesar de média agora), Iguatemi, Paranhos e Itaquiraí.
Vacinação
O boletim também trouxe dados atualizados da vacinação contra a dengue. Até o momento, 167.101 doses do imunizante já foram aplicadas em Mato Grosso do Sul. O estado recebeu, ao todo, 241.030 doses enviadas pelo Ministério da Saúde. A vacinação é voltada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias — faixa etária com maior número de hospitalizações pela doença.
O esquema vacinal prevê duas doses com intervalo de três meses entre elas. A SES reforça a importância da adesão à campanha de vacinação como medida essencial para conter o avanço da dengue entre os mais jovens.
Chikungunya também preocupa
Além da dengue, o boletim aponta a circulação expressiva do vírus da Chikungunya no estado. Foram registrados 10.194 casos prováveis da doença em 2025, dos quais 2.701 foram confirmados no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Entre os casos, 28 envolvem gestantes e seis mortes já foram confirmadas, ocorridas nos municípios de Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos e Fátima do Sul. Quatro dessas vítimas também tinham comorbidades.
A SES reforça que, diante de sintomas como febre alta, dores no corpo, manchas na pele e mal-estar, é fundamental evitar a automedicação e procurar imediatamente uma unidade de saúde. A detecção precoce e o acompanhamento médico são cruciais para evitar complicações tanto da dengue quanto da Chikungunya.
Fonte: MS Todo Dia
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