A crise geopolítica entre Estados Unidos e Irã acendeu o sinal de alerta para o agronegócio sul-mato-grossense. Diante da instabilidade no Oriente Médio e do risco de aumento nos preços e dificuldades no fornecimento de insumos agrícolas, a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) está orientando produtores rurais a adotarem estratégias de gestão de custos e de riscos nas propriedades.
Segundo a Federação, a recomendação leva em conta possíveis reflexos sobre a cadeia de suprimentos do setor, especialmente no que diz respeito a fertilizantes e demais insumos, cujos preços podem ser diretamente afetados por variações na cotação do petróleo ou por sanções comerciais decorrentes da tensão internacional.
“Estamos acompanhando com atenção os desdobramentos desse cenário e reforçamos ao produtor a importância do planejamento com base em dados confiáveis, do controle de despesas e da adoção de medidas como diversificação da produção, seguros rurais e compras antecipadas. Essas são estratégias fundamentais para manter a sustentabilidade do negócio mesmo em contextos adversos”, destacou a Famasul, por meio de sua assessoria de imprensa.
A Federação também informou que realiza monitoramento constante do cenário global e articulações institucionais para minimizar impactos sobre a agropecuária do Estado. Uma das preocupações centrais é o possível aumento no valor do barril de petróleo, que influencia diretamente o custo do diesel — combustível essencial para o transporte de insumos e da produção rural.
A tensão aumentou após ameaças do Irã de fechar o Estreito de Ormuz, rota por onde escoa cerca de 20% do petróleo consumido mundialmente. Um bloqueio na região elevaria o preço do petróleo, o que pode desencadear efeitos em cascata no Brasil, especialmente no agronegócio: encarecimento do transporte, aumento do custo de produção e, por consequência, inflação e alta no preço dos alimentos.
Diante desse cenário, a Famasul reforça que medidas de prevenção e preparação são essenciais para que os produtores consigam atravessar períodos de instabilidade com menos prejuízos e maior capacidade de adaptação.
Fonte: MS Todo Dia
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