Hospital de Costa Rica realiza cirurgias oftalmológicas e fortalece regionalização da saúde em MS

Com atendimentos a pacientes de diferentes cidades, unidade é referência em cirurgia de retina e integra modelo estadual que descentraliza procedimentos e reduz filas

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A regionalização da saúde em Mato Grosso do Sul já apresenta resultados concretos para a população do interior do Estado. Em Costa Rica, a Fundação Hospitalar tem sido referência em procedimentos oftalmológicos, especialmente cirurgia de retina, atendendo moradores de diversos municípios e contribuindo com a descentralização do atendimento hospitalar.

José Claudino de Oliveira, 61 anos, morador de São Gabriel do Oeste, passou por cirurgia de retina na unidade de Costa Rica há duas semanas. Acompanhado da esposa, Adriana Aparecida de Oliveira, 55 anos, ele foi diagnosticado após um sangramento provocado pela diabetes. “Desde a primeira consulta foi tudo certo. Apesar da distância, percebemos que é um hospital preparado, com menos riscos”, afirmou Adriana.

Também foi em Costa Rica que Maria José dos Santos, de 69 anos, realizou a mesma cirurgia. O esposo, o lavrador Luiz Gonzaga da Silva, de 66 anos, acompanhou todo o processo. “Foram cerca de 60 dias desde a consulta até a cirurgia. Achei rápido demais e deu tudo certo”, afirmou Luiz, morador de Coxim.

O secretário de Saúde de Costa Rica, Daniel Rayckson Santos, destacou que a cidade tem papel essencial no projeto estadual de regionalização da saúde, com foco em ampliar o acesso aos serviços especializados no interior. “Costa Rica está nesse caminho da regionalização, recebendo pacientes de vários municípios. Conseguimos equipe e apoio do Governo do Estado para realizar procedimentos oftalmológicos e ortopédicos, como cirurgias de joelho e quadril”, explicou.

A unidade hospitalar também oferece exames como ressonância e tomografia, e deve expandir a lista de serviços com exames de endoscopia e colonoscopia. “Esse modelo visa diminuir o tempo de espera e a sobrecarga dos grandes centros. Muitos pacientes aguardavam há anos por atendimento em Campo Grande e hoje conseguem ser operados aqui, perto de casa”, afirmou o secretário.

Além de Costa Rica, outras cidades têm se destacado dentro do modelo de regionalização. Em Rio Brilhante, por exemplo, o hospital municipal já realizou mais de 700 cirurgias ortopédicas desde 2023, entre prótese de quadril, ligamento e menisco. Em Coxim, o processo de regionalização também se fortalece.

A secretária de Saúde de Coxim, Fernanda Berigo, afirma que o município já atendeu pacientes de 43 cidades diferentes, sendo referência em urgência e emergência, com dez leitos de UTI. “Oferecemos cirurgias ginecológicas, otorrinolaringológicas, gerais, vasculares e ortopédicas, incluindo quadril, joelho, ombro e cotovelo. Inserimos novas subespecialidades para dar continuidade à regionalização”, disse.

Além das cirurgias, Coxim também realiza sessões de hemodiálise para 70 pacientes da região. “A regionalização está funcionando. Trabalhamos com acolhimento, conforto e menos superlotação. Os pacientes confiam no nosso serviço, o que é resultado direto do trabalho conjunto com o Estado”, completou.

O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, explica que o novo modelo de regionalização foi construído para otimizar a capacidade hospitalar e desafogar os hospitais de alta complexidade. “Hospitais do interior agora têm estrutura e financiamento para realizar procedimentos de média complexidade, o que reduz a transferência para os grandes centros. Isso melhora a eficiência do sistema e o atendimento à população”, afirmou.

O modelo divide o Estado em macrorregiões com cidades-polo de alta complexidade – Campo Grande (Região Central), Dourados (Cone Sul) e Três Lagoas (Costa Leste) – e municípios satélites que concentram atendimentos de média complexidade. No caso da macrorregião Costa Leste, por exemplo, cidades como Costa Rica, Bataguassu, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Cassilândia e Chapadão do Sul já absorvem esses atendimentos intermediários.

De acordo com o Governo do Estado, o projeto de regionalização já recebeu investimentos que somam mais de R$ 1,8 bilhão desde 2023, envolvendo obras, convênios com municípios, aquisição de equipamentos e veículos, incentivo hospitalar e repasses diretos.

A proposta foi detalhada a deputados estaduais em reunião com o governador Eduardo Riedel, no dia 4 de junho, com a presença da secretária especial de Parcerias Estratégicas, Eliane Detoni. Na prática, o projeto visa garantir mais eficiência, conforto e agilidade nos atendimentos, tornando o sistema de saúde de Mato Grosso do Sul mais próximo da população.

Fonte: MS Todo Dia

Foto: Divulgação/PMCR

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