Conselho Tutelar acompanhava família de bebê estuprada desde 2024, diz Prefeitura de Camapuã

Apesar de acompanhamento, negligência só foi percebida após denúncia realizada por hospital em Campo Grande, dias antes do crime

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A Prefeitura de Camapuã divulgou nota de esclarecimento na tarde desta sexta-feira (11), após a repercussão da morte da bebê de 1 ano e 9 meses, vítima de estupro na manhã desta quarta-feira (9). O pai da criança é o principal suspeito do crime, que chocou moradores do município.

Segundo a nota, a família era acompanhada pela rede municipal desde janeiro de 2024, após encaminhamento feito pelo hospital local, devido a questões relacionadas à saúde da menina. No entanto, o acompanhamento foi encerrado em agosto do mesmo ano, quando a família se mudou para Jardim.

O município afirma que tomou conhecimento do retorno da família a Camapuã apenas em 18 de junho deste ano, quando a mãe da criança procurou atendimento e relatou que já havia retomado os cuidados médicos pela rede de saúde local. Poucos dias depois, a bebê foi internada em Campo Grande.

No dia 7 de julho, dois dias antes do crime, o Conselho Tutelar de Camapuã recebeu um ofício do Hospital Universitário apontando sinais de negligência. Foi só então, que tomaram ciência dos possíveis maus-tratos, apesar do acompanhamento que ocorria há meses e das internações no hospital local.

Em nota, o Hospital Universitário informou que a bebê foi internada em 28 de junho, com infecção na traqueostomia, larvas, piolhos e pneumonia. Que ela já usava traqueostomia e tinha histórico de dificuldade respiratória, convulsões e choque.

Apesar do alerta recebido, segundo a nota da Prefeitura, naquele momento não havia previsão de alta, o que teria impedido uma intervenção imediata por parte da rede local. A alta médica foi concedida na terça-feira (8), por volta das 21h, e a criança retornou ao município, morrendo na manhã seguinte, antes que pudesse receber amparo do Estado.

Ainda em nota, a administração municipal afirma que, assim que foi formalmente comunicada, adotou todas as medidas dentro de suas competências legais. A prefeitura declarou tabém solidariedade à família e reafirmou seu compromisso com a proteção de crianças e adolescentes.

A Polícia Civil segue investigando o caso. O pai da criança está preso.

Fonte: MS Todo Dia

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