Polícia investiga se irmão de bebê estuprada e morta pelo pai também foi vítima de violência em Camapuã

Conselho Tutelar acolheu menino de 2 anos e mãe é alvo de investigação; protesto pediu prisão da mulher

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A Polícia Civil de Camapuã investiga se o irmão da bebê de 1 ano e 9 meses, morta após ser estuprada pelo próprio pai, também foi vítima de abuso sexual ou negligência. O caso chocou a população e levou à prisão imediata do homem de 28 anos, que segue custodiado.

Desde que o crime veio à tona, o Conselho Tutelar acolheu o irmão da bebê, um menino de 2 anos, que está atualmente sob os cuidados de uma família acolhedora. O delegado Matheus Vital, responsável pelo inquérito, afirmou que a investigação apura se a criança foi alvo de violência semelhante ou se vivia em ambiente negligente por parte dos responsáveis.

A mãe das crianças também é alvo da apuração, conforme o site Midiamax. Segundo o delegado, sua conduta está sendo analisada dentro do mesmo inquérito, que busca esclarecer a responsabilidade de todos os envolvidos no ambiente familiar.

Na última sexta-feira (11), um grupo de mulheres realizou um protesto em frente à residência da família, pedindo a prisão da mãe da bebê. Com cartazes e gritos de “assassina”, elas expressaram indignação diante do caso e exigiram justiça. A Polícia Militar foi acionada para conter a situação e retirou a mulher do local por motivos de segurança.

A bebê havia sido internada em um hospital de Campo Grande para tratar uma infecção provocada pela traqueostomia. De acordo com nota divulgada pela prefeitura, durante a internação, a equipe médica identificou indícios de negligência e acionou o Conselho Tutelar.

Segundo os registros da rede municipal de saúde, a criança vinha sendo acompanhada desde janeiro de 2023, em razão de um histórico de problemas médicos. Esse acompanhamento, no entanto, foi interrompido em agosto de 2024, quando a família se mudou para outro município. A Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente só foi informada do retorno da família a Camapuã no dia 18 de junho deste ano.

Após retornar à cidade, a mãe declarou que havia retomado o acompanhamento da filha com a rede pública de saúde. Poucos dias depois, a bebê foi novamente internada. No dia 7 de julho, o hospital de Campo Grande notificou formalmente o Conselho Tutelar sobre sinais de negligência, embora a menina ainda não tivesse recebido alta médica naquela ocasião.

O crime de estupro foi descoberto no dia 9 de julho, quando a bebê foi levada já sem vida ao hospital municipal. Conforme a Polícia Militar, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) encaminhou a criança e a mãe até a unidade, mas a equipe médica não conseguiu reanimá-la. Durante o atendimento, os profissionais identificaram lesões que indicavam violência sexual. A Polícia Civil foi acionada e iniciou a investigação. O pai da criança confessou o crime e foi preso em flagrante.

Em nota oficial, o hospital de Campo Grande informou que a bebê havia dado entrada no dia 28 de junho com infecção na traqueostomia, presença de larvas, piolhos e pneumonia. Ela também apresentava histórico de convulsões, dificuldades respiratórias e quadro de choque. Durante a internação, passou por uma cirurgia para retirada das larvas e troca da cânula da traqueostomia.

Fonte: MS Todo Dia

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