Propriedades rurais de Mato Grosso do Sul que cultivam soja e milho serão certificadas com práticas sustentáveis, terão rastreabilidade da produção e monitoramento do estoque de carbono. A iniciativa faz parte de um projeto com investimento de R$ 7,6 milhões, viabilizado por meio do Fundems (Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja).
O termo de fomento entre a Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja do Estado) foi publicado nesta sexta-feira (18) no Diário Oficial. O projeto terá vigência até setembro de 2027 e será implantado inicialmente nas regiões de Costa Rica e Chapadão do Sul.
Entre as ações previstas estão a mobilização de produtores para adesão à certificação RTRS (Round Table on Responsible Soy), o diagnóstico detalhado das propriedades, mapeamento dos principais destinos da produção e identificação dos tipos predominantes de certificação adotados.
Também estão incluídas auditorias externas para verificar a conformidade das propriedades com os critérios exigidos, monitoramento do carbono estocado no solo e vegetação, além de capacitação técnica para produtores e trabalhadores do setor.
O projeto ainda prevê a promoção de eventos, palestras e produção de materiais educativos voltados à disseminação de práticas sustentáveis no agronegócio.
Segundo o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, o objetivo é contribuir para a meta de tornar Mato Grosso do Sul um território carbono neutro até 2030. “Avançamos com a identificação e certificação de propriedades rurais, considerando critérios ambientais, produtivos e o estoque de carbono”, destacou.
Verruck também enfatizou que o projeto representa um avanço na rastreabilidade do agronegócio sul-mato-grossense. “Com a rastreabilidade desde a origem até a mesa do consumidor, especialmente para mercados exigentes como o europeu e o asiático, mostramos que o agricultor de MS adota tecnologias modernas, sustentáveis e alinhadas aos padrões internacionais. Este será o primeiro projeto de rastreabilidade da soja implementado no Estado.”
A divulgação dos resultados será obrigatória e ocorrerá semestralmente, com publicação de relatórios estatísticos sobre a evolução do plantio e colheita de soja e milho nos municípios participantes.
Fonte: MS Todo Dia
Foto: Foto: Divulgação/Semadesc
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