Mato Grosso do Sul recupera 56% de pastagens degradadas com avanço da soja

Estado dobrou área cultivada em 15 anos e movimentou R$ 45,8 bilhões em 2024

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Mato Grosso do Sul recuperou 56% de áreas de pastagens degradadas ao expandir o cultivo de soja entre a safra 2009/2010 e a temporada 2024/2025. Nesse período, o Estado dobrou a área cultivada, passando de 1,77 milhão para 4,52 milhões de hectares.

Segundo estudo da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), em parceria com o governo estadual, a expansão ocorreu em áreas degradadas e já agrícolas, com baixo impacto sobre a vegetação nativa. Do total, 33% da ampliação se deu em terras já cultivadas, 7% substituiu outras culturas e apenas 4% avançou sobre vegetação nativa. O crescimento contou com técnicas modernas, como plantio direto, manejo integrado de pragas e integração lavoura-pecuária-floresta.

A soja movimentou R$ 45,8 bilhões em 2024, o equivalente a 33% do VBP (Valor Bruto da Produção) estadual. Desse total, 52% vieram diretamente das lavouras, que também representaram 85% da arrecadação de ICMS do setor agrícola. A projeção para julho de 2025 é de que as exportações aumentem 20% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Os produtores iniciam o plantio da safra 2025/2026 em 16 de setembro, dentro do calendário que se estende até 31 de dezembro. O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) prevê um trimestre mais quente, com chuvas irregulares. A previsão é de 300 a 400 milímetros em grande parte do Estado, podendo chegar a 600 milímetros no sul. Em episódios isolados, as temperaturas podem cair para 8°C a 10°C.

Na safra anterior, Mato Grosso do Sul produziu 14,686 milhões de toneladas de soja, 18,9% acima do ciclo 2023/2024, em 4,501 milhões de hectares. A produtividade média atingiu 54,4 sacas por hectare, 11,4% superior ao ciclo anterior. A colheita se estendeu por 19 semanas, duas a mais que a temporada anterior.

O coordenador técnico da Aprosoja, Gabriel Balta, alerta que decisões tomadas no início do plantio podem ser determinantes. Ele recomenda escalonamento da semeadura e escolha criteriosa de cultivares, alinhadas à fertilidade do solo e ao calendário de cada região. “Um bom posicionamento inicial pode transformar completamente o cenário de desenvolvimento da lavoura”, afirma.

Fonte: MS Todo Dia

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