Prefeito e 15 presos em operação contra corrupção em Terenos têm prisão mantida: Vice Doutor Arlindo deve assumir gestão

Vice-prefeito, que assume a administração, ainda não se manifestou; Câmara Municipal promete pronunciamento oficial nesta sexta-feira

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A justiça decidiu manter a prisão dos 16 alvos da “Operação Spotless”, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), na última terça-feira (9). Entre os presos está o prefeito Henrique Wancura (PSDB), apontado como líder do esquema criminoso.

Com a prisão do prefeito, o vice-prefeito Doutor Arlindo Landolfi Filho deve assumir a gestão da cidade. No entanto, segundo apuração do Investiga MS, ele ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso.

A Câmara Municipal de Terenos, por sua vez, divulgou uma nota oficial. O presidente da Casa, Leandro Caramalac (PSD), que inicialmente havia se comprometido a se pronunciar após a audiência de custódia, informou que o posicionamento oficial será feito nesta sexta-feira (12).

 Nota da Câmara

“A Câmara Municipal de Terenos informa que tomou conhecimento de fatos recentes envolvendo o Poder Executivo ocorridos na última terça-feira, dia 09, e está acompanhando o tema com a devida atenção institucional. Como Casa de Leis, nosso compromisso é atuar com prudência, transparência e respeito ao devido processo legal. Nesse sentido, a Presidência já determinou a adoção dos procedimentos internos necessários, bem como a solicitação de informações às autoridades competentes, a fim de garantir a correta avaliação dos eventuais desdobramentos administrativos e políticos previstos na legislação.

Comunicamos que, na próxima sexta-feira, dia 12, às 8:00 horas a Câmara Municipal fará pronunciamento oficial, apresentando à sociedade os encaminhamentos institucionais cabíveis, sempre pautados pela lei e pela preservação da estabilidade administrativa do município e da continuidade dos serviços públicos”.

Caso
 

A “Operação Spotless” cumpriu 16 mandados de prisão preventiva e 59 de busca e apreensão. Segundo o Gaeco, a investigação revelou a existência de uma organização criminosa que fraudava licitações para beneficiar empresas, com contratos que ultrapassaram a marca de R$ 15 milhões somente no último ano.

A organização criminosa se valia de "servidores públicos corrompidos para fraudar o caráter competitivo de licitações públicas, direcionando os respectivos certames para beneficiar empresas participantes do esquema delituoso", diz a nota do Gaeco.

O esquema também envolvia o pagamento de propina a agentes públicos para que atestassem, falsamente, o recebimento de produtos e serviços, além de agilizarem os trâmites de pagamento das notas fiscais. O nome da operação, "Spotless", que em inglês significa "imaculado" ou "sem mácula", é uma referência à necessidade de processos de contratação na administração pública serem transparentes.


Fonte:MS Todo Dia
Foto: Divulgação 

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