Após anos esfarelando, obras na rodovia MS-436 avançam e ampliam segurança entre Camapuã e Figueirão

Pavimento construído no governo André Puccinelli começou a se deteriorar dois anos após entrega; investimento atual supera R$ 233 milhões

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A pavimentação asfáltica da rodovia MS-436, que liga Camapuã a Figueirão, avança em ritmo acelerado após anos de reclamações sobre buracos, fissuras e crateras que colocavam em risco a segurança de motoristas e moradores da região norte de Mato Grosso do Sul. O trecho de 111 quilômetros, inaugurado em abril de 2013 durante a gestão do então governador André Puccinelli, já apresentava sinais de esfarelamento dois anos depois da inauguração.

Agora, sob o governo de Eduardo Riedel, a via passa por completa restauração, dividida em dois lotes. No primeiro, entre Camapuã (BR-060) e o distrito de Pontinha do Coxo, mais de 35% dos serviços já foram executados. Já no segundo, até a MS-223 em Figueirão, o avanço é semelhante.

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O projeto inclui reconstrução da pista, drenagem com meios-fios e descidas d’água, além da instalação de passagens e dispositivos de proteção da fauna, reduzindo o risco de atropelamentos. A previsão de conclusão é para 2026.

A empreiteira paulista Vale do Rio Novo venceu a licitação para reformar 61,6 quilômetros do trecho entre Camapuã e Pontinha do Coxo, oferecendo um desconto de R$ 2,2 milhões sobre o valor máximo estipulado. O contrato, homologado em diário oficial, prevê investimento mínimo de R$ 131.866.652,70, enquanto o governo estava disposto a desembolsar até R$ 134.079.892,17.

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Já os outros 50 quilômetros, também licitados, estão sob responsabilidade da construtora LCM Construção e Comércio, que apresentou custo de R$ 101.212.310,02, cerca de 1,6% abaixo do teto previsto. Somando os dois contratos, a recuperação total da MS-436 consumirá pouco mais de R$ 233 milhões.

O investimento tem apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e busca reforçar a durabilidade da pista, além de garantir economia em manutenções. Apenas entre janeiro de 2023 e abril de 2024, o Estado gastou R$ 5 milhões em tapa-buracos.

Para o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, a obra é estratégica para o desenvolvimento da região. “A restauração desta ligação entre os municípios oferece mais segurança para os motoristas, economia para os cofres públicos com a redução de manutenções e reforça a estrutura do pavimento para o crescimento econômico que a região norte vem atravessando”, afirmou.

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Atenção redobrada na estrada

Enquanto os serviços avançam, os motoristas que trafegam pela MS-436 devem redobrar os cuidados. O trecho conta com vários pontos de siga e pare, além da presença constante de trabalhadores e máquinas na pista. A orientação é respeitar a sinalização e reduzir a velocidade para evitar acidentes.

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Rodovia marcada por polêmicas e acidentes

A má qualidade da pavimentação original foi alvo da Operação Lama Asfáltica, que investigou superfaturamento e corrupção em obras de infraestrutura no Estado. Empresas responsáveis pelo serviço inicial, entre elas Sanches Tripoloni, Proteco e CGR Engenharia, foram investigadas pela Polícia Federal.

O desgaste precoce da pista contribuiu para diversos acidentes. Em abril deste ano, um ônibus que transportava trabalhadores de Camapuã para uma fazenda de eucaliptos em Figueirão caiu de uma ponte após o motorista perder o controle ao passar por um buraco. O acidente deixou 34 feridos e causou uma morte.

Com a restauração em andamento, o governo estadual espera virar essa página de problemas estruturais e entregar, enfim, uma rodovia segura e duradoura para os motoristas que ligam Camapuã e Figueirão, além de reduzir custos no transporte da produção agropecuária da região.

Fonte: MS Todo Dia

Fotos: MS Todo Dia

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