Homem que matou mulher é julgado com defesa especial de advogado de Costa Rica

Wilson é natural de Costa Rica e realizou o primeiro júri da carreira na cidade natal

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O julgamento de Dionísio Paes de Souza, 61 anos, foi realizado ontem (13) na cidade de Costa Rica. 
Ele é acusado de matar Marcilene Pereira dos Santos, 49 anos, no dia 13 de junho de 2022, no Jardim Eldorado, em Costa Rica.

Dionísio era companheiro da vítima e confessou o crime durante depoimento.

A vítima foi atingida por duas facadas, uma no tórax e outra no pescoço.

No júri, ele estava acompanhado dos advogados de defesa, Luiggi Ramos da Costa e o Wilson Paes Neto (OAB/MS 28.869).

Wilson é natural de Costa Rica e realizou o sonho de atuar na cidade natal. “Morei em Costa Rica durante 30 anos. Hoje neste plenário estou realizando um sonho de infância, o de fazer valer a justiça e o direito do cidadão, seja ele quem for”, disse o advogado.

Ao falar do acusado, o advogado disse que o réu já passou mais de um ano atrás das grades e sabe o gosto amargo de uma prisão, diante do crime cometido.

“Eu não quero aqui a impunidade, jamais, eu quero a justiça e o equilíbrio, uma vez que o senhor Dionísio está preso há mais de 1 ano e esse tempo já foi o suficiente para ensinar, para punir, para mostrar o erro gravíssimo que ele cometeu, erro esse que ele se arrependeu imediatamente após sua conduta, prova disso é que ele tentou tirar sua própria vida num ato somado ao desespero, álcool e arrependimento, foi o que disse por mensagem para seu irmão Rone Carlos afirmando que seu grande amor se foi, mas ele iria com ela (folhas 55 dos autos). Eu não quero aqui a impunidade, jamais, eu quero a justiça e o equilíbrio, uma vez que o Sr Dionísio está preso há mais de 1 ano e esse tempo já foi o suficiente para ensinar, para punir, para mostrar o erro gravíssimo que ele cometeu, erro esse que ele se arrependeu imediatamente após sua conduta, prova disso é que ele tentou tirar sua própria vida num ato somado ao desespero, álcool e arrependimento, foi o que disse por mensagem para seu irmão Rone Carlos afirmando que seu grande amor se foi, mas ele iria com ela”, disse o advogado de defesa. 



Imagem advo costa rica (3)

O advogado disse ao MS Todo Dia que o cliente respondia por feminicídio, com qualificadora por motivo fútil. 
“Conseguimos afastar o feminicídio”, disse o advogado.

A acusação será promovida pelo Promotor de Justiça George Cássio Tiosso.



Imagem juiz inteirop

O Juiz Presidente do Tribunal do Júri, Francisco Soliman, disse que foi  aplicada pena de reclusão de 12 anos em regime inicial fechado.

“O réu foi condenado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, sendo aplicada pena de reclusão de 12 anos em regime inicial fechado. O sentenciado está preso desde a data do fato, e assim continuará, para o cumprimento da pena, haja vista não haverá recurso desta decisão. Além disso, o réu foi condenado ao pagamento de R$ 13.200,00 como valor mínimo para reparação dos danos morais aos sucessores da vítima”, disse o juiz.

Relembre o caso 

Marcilene foi assassinada a golpes de faca. Dionísio tentou suicídio após matar a companheira. Ele ingeriu veneno. 
Ele foi detido pela Polícia Militar, foi levado para a Fundação Hospitalar, foi medicado e recebeu alta.

A filha de Dionísio foi quem acionou a Polícia Militar, informando que o pai havia mandado uma mensagem durante a madrugada, falando que teria feito uma besteira com sua companheira, alegando que ela teria morrido e que iria acompanhar ela. 

Quando a PM chegou no local, encontrou Marcilene caída na porta do quarto, ferida por duas facadas, uma no tórax e outra no pescoço.

O irmão de Dionísio disse aos policiais que o suspeito poderia estar na casa que era de seu pai, na Rua Félix Batista Amorim. 

Ele foi encontrado pelos policiais e informou ter tomado veneno, então foi levado ao hospital, onde foi feita lavagem estomacal

Ele contou estava consumindo bebida alcoólica com a esposa na noite do crime e que a motivação seria ciúmes da vítima. 

Familiares de Marcilene mencionaram que por diversas vezes Dionísio ameaçou a companheira. A faca foi apreendida pela perícia.

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