MS encerra colheita do milho com produção recorde de 14,2 milhões de toneladas

Chapadão do Sul apresentou a maior produtividade, com 173,34 sacas por hectare, seguido de Sonora e São Gabriel do Oeste

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Mato Grosso do Sul concluiu em 26 de setembro a colheita da segunda safra de milho 2024/2025, com 100% da área cultivada colhida. O boletim semanal da Aprosoja, divulgado nesta terça-feira (30), confirma uma produção recorde de 14,2 milhões de toneladas e produtividade média de 112,7 sacas por hectare, resultado 68,2% superior ao ciclo anterior.

O bom desempenho foi impulsionado pelas chuvas de abril, que favoreceram o desenvolvimento das lavouras. Ainda assim, houve perdas em 49 mil hectares, sendo 35 mil atingidos por geadas em junho e 14 mil derrubados por ventos em julho, com reduções entre 10% e 40% da produção, agravadas pela falta de chuva em agosto.

Chapadão do Sul apresentou a maior produtividade, com 173,34 sacas por hectare, seguido de Sonora (152,54) e São Gabriel do Oeste (147,10). No extremo oposto, Aquidauana registrou apenas 19,17 sacas por hectare e Nova Andradina 31,0, bem abaixo da média estadual. O levantamento aponta que 78,1% das lavouras foram classificadas como boas, 15,3% regulares e 6,6% ruins.

O milho foi plantado em área equivalente a 46% da soja, proporção inferior a safras anteriores, quando o cereal já chegou a ocupar 75%. O recuo está ligado ao aumento de custos e riscos climáticos, o que tem levado produtores a diversificar a safrinha com sorgo e milheto.

Enquanto o milho deixa o campo, a soja inicia o plantio da safra 2025/2026 em ritmo mais lento. Até 26 de setembro, apenas 0,8% da área prevista havia sido semeada (38,4 mil hectares). No mesmo período de 2024, o índice era de 2,3%. A expectativa é de cultivo em 4,8 milhões de hectares, com produção estimada em 15,2 milhões de toneladas e produtividade média de 52,8 sacas por hectare.

Mercado e clima

A soja da safra 2024/2025 atingiu 86% de comercialização, dois pontos acima do levantamento anterior, mantendo o Estado à frente da média nacional. Em setembro, a saca foi cotada a R$ 126,00, queda de 5,2% em relação ao ano passado.

Os próximos meses exigem atenção. A previsão climática aponta para chuvas irregulares e temperaturas acima da média, podendo chegar a 38 °C em regiões como o Pantanal e o Bolsão. Segundo o Inmet e o Copernicus, há 71% de chance de ocorrência do fenômeno La Niña em intensidade fraca a moderada, cenário que pode impactar tanto o fechamento da safrinha quanto o início do ciclo da soja.

Fonte: MS Todo Dia

Foto: Divulgação

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