Mato Grosso do Sul registra superávit de US$ 6,34 bilhões nas exportações até setembro de 2025

Estado aumentou em 4,5% o volume exportado e reduziu as importações em 12,75%; celulose ultrapassa soja e lidera pauta de exportações

Imagem de compartilhamento para o artigo Mato Grosso do Sul registra superávit de US$ 6,34 bilhões nas exportações até setembro de 2025 da MS Todo dia

Compartilhe:

Ícone Compartilhar no Whatsapp Ícone Compartilhar no Twitter Ícone Compartilhar por e-mail

Mato Grosso do Sul exportou US$ 8,18 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, segundo a Carta de Conjuntura do Comércio Exterior, elaborada pela Assessoria de Estatística e Economia da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). No mesmo período, as importações somaram US$ 1,83 bilhão, o que representa um superávit de 347% na balança comercial do Estado.

O saldo acumulado chegou a US$ 6,34 bilhões, alta de 10,84% em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto as exportações cresceram 4,5%, as importações recuaram 12,75%, impulsionando o resultado positivo.

Os principais produtos exportados foram celulose (29,22%), soja (25,58%) e carne bovina (15,92%). Nas importações, o gás natural segue predominando com 33,03%, seguido por cobre (8,14%) e caldeiras e geradores a vapor (6,86%), utilizados em usinas sucroenergéticas.

Segundo o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, o desempenho reflete a força das commodities sul-mato-grossenses. “O que podemos destacar, desse estudo, primeiro é a solidez do desempenho de nossas exportações lideradas pela celulose, seguida de perto pela soja e com participação importante do setor de carnes. Nossa economia está fortemente alicerçada nessas commodities. O superávit aumentou porque tivemos uma diminuição importante na importação de gás, mas somos essencialmente um Estado exportador, isso está posto. O resultado é bom e era o que a gente já esperava, pelo conjunto de indicadores favoráveis”, afirmou.

Imagem comercio-exterior

A celulose ultrapassou a soja e passou a liderar o ranking das exportações do Estado. No mesmo período do ano passado, a soja representava 34,71% da pauta exportadora, contra 29,22% da celulose. Em 2025, os percentuais se inverteram. A carne bovina também ganhou espaço, subindo de 11,25% para 15,92% do total exportado, enquanto açúcares e melaços caíram de 8,31% para 6,57%, e farelos de soja, de 7,09% para 4,36%.

A queda nas importações foi puxada principalmente pela redução na compra de gás natural da Bolívia via gasoduto Gasbol. Entre janeiro e setembro de 2024, o Estado importou 2,86 milhões de toneladas de gás, somando US$ 874,5 milhões. No mesmo período de 2025, o volume caiu para 2,1 milhões de toneladas, totalizando US$ 606,1 milhões — uma redução de 33,03% no valor e 30,69% no volume.

Quanto ao destino das exportações, a China segue como principal parceira comercial, com US$ 3,768 bilhões em compras, o que representa uma leve alta de 1,73% sobre o mesmo período do ano passado. Ainda assim, a participação chinesa no total exportado teve pequena retração, de 47,30% para 46,11%.

Os Estados Unidos continuam na segunda posição, mas com queda tanto no valor adquirido (de US$ 471 milhões para US$ 426 milhões) quanto na participação total, que passou de 6,02% para 5,21%.

Fonte: MS Todo Dia

Foto: Divulgação/GovMS

Você também pode gostar de ler