O modo de agir era sempre da mesma maneira: três ou quatro adolescentes junto, usando um simulacro de arma de fogo, aterrorizavam vítimas frágeis e roubavam bicicletas elétricas. Era assim que o grupo confessou para a Polícia Civil como agiam para cometer os atos infracionais pelas ruas de Três Lagoas.
A Operação Desmanche Final, deflagrada nesta terça-feira (18), identificou e conduziu 8 adolescentes envolvidos na prática dos atos infracionais.
Segundo a Polícia Civil, foram efetuadas diversas diligências desempenhadas por policiais da Seção de Investigação Geral (SIG) e do Núcleo Regional de Inteligência (NRI), que contou ainda com o apoio de informações repassadas pela 3ª Delegacia de Polícia Civil de Três Lagoas.
Três adolescentes foram identificados em flagrante, suspeitos da prática de um roubo qualificado ocorrido na noite de segunda-feira (17), quando, usando um simulacro de arma de fogo, teriam roubado uma bicicleta elétrica, mediante grave ameaça perpetrada contra uma mulher e sua filha de 11 anos. O simulacro também foi localizado e apreendido.
Durante a investigação, os policiais esclareceram cerca de sete atos infracionais equiparados a crimes contra o patrimônio atribuídos ao grupo. Oito bicicletas elétricas foram recuperadas, além de dezenas de peças oriundas da desmontagem de outros veículos também subtraídos.
Os adolescentes confessaram na delegacia os atos infracionais e disseram que, após os roubos, levavam as bicicletas elétricas para as casas dos envolvidos, desmontavam e remontavam novas combinações com peças diferentes. Para dificultar a identificação eles pintavam as novas combinações com cores diversas das originais.
Os três adolescentes apreendidos em flagrante foram encaminhados às celas da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC), onde permanecerão à disposição da Justiça. Em razão da gravidade dos atos infracionais, eles poderão ser submetidos à internação provisória junto à Unidade Educacional de Internação (UNEI).
Já os demais identificados serão submetidos a procedimentos investigativos e judiciais próprios, podendo também serem penalizados com internação provisória na UNEI.
Segundo a Polícia Civil a estimativa de prejuízo causado pelo grupo é de mais de R$ 25 mil. As investigações continuam com o objetivo de identificar possíveis receptadores e elucidar outros atos infracionais praticados pelo grupo.
Fonte: MS Todo Dia
Fotos: Polícia Civil MS