A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje (27), uma resolução que pede o cessar fogo imediato do conflito entre Israel e o Hamas.
Essa medida tem caráter recomendatório, ou seja, os envolvidos no conflito não são obrigados a acatá-la.
Segundo o site Metrópoles, a votação terminou com o seguinte placar: 120 a favor, 14 contra e 45 abstenções.
O texto é de autoria da Jordânia e contou com o apoio de mais de 40 países, entre eles Egito, Oman e Emirados Árabes Unidos.
Além de pedir um cessar fogo “imediato, duradouro e firme”, a resolução defende a garantia de ajuda humanitária.
Essa resolução ainda apela pela “libertação imediata e incondicional” de todos os civis mantidos em cativeiro.
A minuta apresentada pelos países árabes, porém, não tinha tinha uma condenação direta à ação do Hamas em 7 de outubro. Uma emenda apresentada pela delegação do Canadá propunha a medida, mas não passou.
Enquanto as delegações votavam a resolução, as Forças Armadas de Israel intensificaram os ataques contra Gaza.
O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, informou que o país vai “expandir” as operações na região nas próximas horas.
O conflito entre Israel e Hamas escalou desde o último dia 7, quando o grupo extremista promoveu um ataque surpresa a Israel. Desde então, o governo israelense tem promovido ataques aéreos, além de incursões terrestres localizadas, contra o território palestino.
Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança da ONU, até o momento, já se debruçou sobre quatro minutas de resolução. No entanto, em nenhum dos casos houve consenso para a aplicação de medidas capazes de frear o conflito.
O Conselho de Segurança é o único dos órgãos da ONU que tem a capacidade de adotar resoluções obrigatórias. A falta de consenso em torno de uma medida para frear a guerra colocou em debate a capacidade do órgão para arbitrar e frear conflitos.
Outras votações
Na última quarta, o Conselho de Segurança votou outras duas resoluções para tentar frear o conflito entre Israel e o Hamas. Os textos propostos pelos Estados Unidos (EUA) e pela Rússia, porém, acabaram vetados.
A minuta apresentada pela delegação americana recebeu 10 votos a favor, três contra e duas abstenções. Apesar de conquistar a maioria dos países, o texto acabou vetado por receber voto contrário da China e da Rússia, que são membros do colegiado.
O texto norte-americano tem a oposição da China e da Rússia por não haver uma medida de cessar-fogo imediato. A proposta, por defender o direito de defesa de Israel, propunha pausas humanitárias.
Ainda na quarta (25/10), o Conselho de Segurança votou uma minuta sugerida pela Rússia. A China, país-membro, declarou apoio à medida, que acabou vetada. O texto recebeu quatro votos a favor, dois contra e nove abstenções.
Foto: Mustafa Hassona/Anadolu via Getty Images
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