Apesar da insistente onda de calor sobre o Mato Grosso do Sul em novembro, o MS fechou a terceira semana do mês com 91,3% das lavouras de soja em bom estado. Até a data de 17 de novembro 85% da área plantada prevista para este ciclo já haviam sido plantados.
De acordo com os levantamentos do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Projeto Siga-MS) até aquela data foram semeadas 3,6 milhões de hectares. Desse total semeado 8,5% é considerado em estado regular, ou seja cerca de 306 mil hectares. Apenas 0,2% das lavouras foram classificadas como "ruim". As visitas a campo foram feitas por técnicos da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS).
Segundo o Boletim Casa Rural 533, que acaba de ser publicado, para uma lavoura ser classificada como "ruim", ela deve apresentar diversos critérios negativos, tais como alta infestação de pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas no estande de plantas, desfolhamento excessivo, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, entre outros defeitos que causem perdas significativas de produtividade.
Uma classificação "regular" é atribuída a lavouras que apresentam poucos problemas relacionados a pragas, estande de plantas razoável e pequeno amarelamento das plantas em desenvolvimento. Já uma classificação "bom" é dada a lavouras que não possuem nenhuma das características anteriores, com plantas saudáveis e que garantem uma boa produtividade.
Pelos critérios da Aprosoja-MS as lavouras da região sul do Estado é a que apresenta as piores condições, com 46,5% da área plantada considerada como "regular". A região oeste é a que registra as melhores condições, com 99,9% das lavouras consideradas como "bom".
Na região sul a causa da baixa condição das lavouras é climática, com o forte calor causando perdas e obrigando os produtores a replantar áreas severamente afetadas. Apesar disso, o MS registrou um replantio em 0,97% da área estimada, totalizando cerca de 41,2 mil hectares. A maior parte do replantio ocorreu na região centro, com aproximadamente 25.107,10 hectares replantados. Isso foi seguido pelas regiões norte (7.682 hectares), nordeste (5.878 hectares) e sul (2.539 hectares).
Forte calor no sul
Nesta quinta-feira, 23, Angelo Ximenes, presidente do Sindicato Rural de Dourados, município da região sul do Estado, alertou em reportagem publicada pela coluna Lado Rural, sobre os efeitos do forte calor nas lavouras. "Isso acontece porque a semente quando inicia o desenvolvimento, o metabolismo acelera ou retarda,de acordo com a temperatura. O calor excessivo no período inicial de semeadura em local de solo argiloso e no caso de solo arenoso ocorre a queima da planta, principalmente se não tiver a cobertura de solo (palhada). Outra situação no El Ninõ são as chuvas fortes em curto espaço de tempo. Às vezes, a semeadura é feita e a chuva faz uma crosta, com isso a semente não consegue emergir, sair do solo, devido a camada compactada de terra", explica o sindicalista.
A área de soja no Estado ainda está em constante crescimento, a estimativa é que a safra seja 6,5% maior em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo a área de 4,265 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 54 sacas por hectare, gerando a expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas.
Andamento do plantio
A região centro está com o plantio mais avançado, com média de 89%, enquanto a região sul está com 85,1% e a região norte com 77,3% de média. A área plantada até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 3,616 milhões de hectares.
A porcentagem de área plantada na safra 2023/2024, encontra-se inferior em aproximadamente 7,7 pontos percentuais em relação à safra 2022/2023, para a data 17 de novembro.
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