Após pouco mais de quatro anos preso em Campo Grande, o traficante Luis Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, foi transferido, nessa quinta-feira (11), da Penitenciária Federal da Capital para a de Mossoró, onde também está preso Jamil Name Filho.
De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais, a transferência ocorreu durante operação Próta, que em grego significa primeiro, fazendo referência ao fato de Fernandinho Beira-Mar ser o primeiro preso custodiado no Sistema Penitenciário Federal.
Ex-líder da facção criminosa Comando Vermelho, Beira-Mar estava no presídio de Campo Grande desde 19 de setembro de 2019, sendo esta a segunda passagem pela Penitenciária Federal da Capital.
Em 2007, ele veio para Campo Grande transferido de Catanduvas (PR). Em dezembro de 2010, ele foi transferido da Capital para a penitenciária federal de Catanduvas, novamente.
Devido à alta periculosidade do preso, a operação desta quinta contou com cerca de 100 policiais penais federais e, além de Campo Grande, foi realizada em outras duas penitenciárias federais, movimentando 11 presos que cumprem pena no regime fechado.
Todos os transferidos são integrantes de organização criminosa do Rio de Janeiro. Não foram divulgados os nomes de todos os transferidos, mas a Senappen confirmou que Fernandinho Beira-Mar e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, estão entre eles.
Segundo a Senappen, “o rodízio de custodiados do SPF [Sistema Penitenciário Federal] é uma medida adotada pela Polícia Penal Federal dentro da rotina de segurança das unidades prisionais, sendo uma estratégia de inteligência penitenciária que visa desarticular as organizações criminosas por meio de rodízio periódico de presos entre as penitenciárias federais”.
Esta foi a primeira operação do tipo realizada em 2024.
Beira-Mar
Narcotraficante e apontado como ex-líder da facção criminosa Comando Vermelho, Beira-Mar foi preso em 2001, ao ser capturado por autoridades militares da Colômbia em um acampamento das Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia, as “FARC”, onde havia se refugiado e estava aprendendo táticas de guerrilha e união de milícias.
Desde 2006, Fernandinho Beira-Mar está preso em uma penitenciária federal.
Em 2007, a Polícia Federal investigou o criminoso e descobriu que, apesar da vigilância, ele manteve o fornecimento de drogas (maconha e cocaína) para a maior facção de drogas do Rio. A investigação da PF, na ocasião, levou 19 pessoas para a prisão.
Em condenações, o traficante acumula penas que somam quase 320 anos de prisão em crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.
Em 2015, o criminoso foi condenado a 120 anos de prisão apontado como responsável liderar uma guerra de facções, em 2002, dentro do presídio de segurança máxima Bangu I, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, quando quatro rivais foram assassinados.
Em julho de 2019, a 3ª Vara Federal de Campo Grande condenou Beira-Mar a sete anos, oito meses e 22 dias de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.
As investigações apontam que ele teria movimentado R$ 31 milhões entre janeiro de 2006 e agosto de 2007, de dentro da Superintendência da Polícia Federal de Brasília, por meio de uma empresa de fachada com sede em Ponta Porã (MS), na divisa com a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
No presídio, Fernandinho Beira-Mar se formou em Teologia e escreveu dois livros, sendo uma monografia que fala sobre a vida de Jesus Cristo, apresentada como Trabalho de Conclusão do Curso Superior, e uma biografia narrando sua vida no crime.
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