O trabalho integrado e intensificado entre o Governo do Mato Grosso do Sul e MPMS (Ministério Público Estadual) fiscaliza as causas e pontos iniciais dos incêndios florestais no Pantanal e no restante do Estado. Para isto contam com o trabalho de campo da PMA (Polícia Militar Ambiental) tanto por terra, como no auxílio de aeronaves.
Com esta conjunta, o Núcleo de Geotecnologias (NUGLEO) do Ministério Público já identificou 18 pontos de ignição, que geraram aproximadamente 56.631,68 hectares de incêndios florestais ocorridos entre os dias 10 de maio e 23 de junho de 2024, na região do Pantanal, que serão investigados.
O comandante da PMA em Corumbá, o capitão Jorge Manoel Martins Júnior, elogiou este trabalho integrado e disse que sua equipe já atendeu 11 demandas na região nas últimas semanas. “O Ministério Público detecta os pontos por meio de satélite e nos envia para encaminharmos as guarnições aos locais. Lá fazemos todo registro fotográfico e levantamos as possíveis causas e eventuais indícios de ações criminosas”.
Capitão Jorge Martins explicou que após este trabalho de campo da PMA é feito um relatório sobre a ocorrência, sendo enviado para o Ministério Público. “Estamos com este trabalho mais intenso no Pantanal em relação aos incêndios, mas também fazemos este levantamento em indícios de desmatamento ilegal e outros crimes. Um trabalho importante tanto para punir ações ilegais, como para ajudar na restauração das áreas”.
Ele destacou que na região do Pantanal além do trabalho por terra e pluvial, a polícia ambiental teve o reforço das aeronaves que estão dando apoio no combate ao incêndio. “Todos não estão medindo esforços, este apoio aéreo nos ajuda e facilita a ida a áreas de difícil acesso, dando mais celeridade aos processos”.
O promotor de Justiça do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet, afirmou que mesmo que não se consiga comprovar se houve incêndio intencional, o Ministério Público vai tomar as devidas providências em todos os casos para reparação de danos, inclusive com adoção de medidas preventivas para tentar evitar novos incêndios nestas áreas.
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