A produção de milho segunda safra 2023/2024 em Mato Grosso do Sul está enfrentando uma das maiores quedas de produtividade dos últimos dez anos, segundo dados divulgados pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS). O monitoramento das lavouras, realizado pela Aprosoja/MS através do projeto SIGA-MS, mostra que até a quarta semana de julho, 65,9% das lavouras foram colhidas no Estado.
A colheita está mais avançada na região norte, com uma média de 82,8%, seguida pela região sul com 66,1% e a região centro com 56,1%. Até o momento, a área colhida é de aproximadamente 1,4 milhão de hectares.
O boletim mais recente, divulgado na terça-feira, 30 de julho, revela uma queda significativa na produção esperada. Com base em uma amostragem de 10% da área estimada, que corresponde a 221.800 hectares, a produção estimada caiu de 11,4 milhões de toneladas para 9,2 milhões de toneladas.
A produtividade, inicialmente prevista em 86,3 sacas por hectare, foi revisada para 69,77 sacas por hectare. Essa baixa produtividade faz com que a safra 2023/2024 tenha a terceira pior performance dos últimos
Impacto do estresse hídrico
O coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, aponta o estresse hídrico como a principal causa da queda de produtividade. "Esta condição adversa impactou uma área total de 767 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul", afirma Balta.
Entre março e abril, houve períodos de seca com duração de 10 a 30 dias, e entre abril e julho, o estado enfrentou 90 dias sem chuvas. Na região norte, a situação é ainda mais crítica, com mais de 100 dias sem precipitação.
Essas condições levaram a perdas totais em algumas áreas, onde os produtores optaram por não colher, devido à inviabilidade econômica.
A quebra na produção também traz implicações econômicas significativas. Segundo o analista de Economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, "com a expectativa de produtividade de 69,77 sacas por hectare, o valor da quebra da segunda safra de milho 2023/2024 é de aproximadamente R$ 9,25 bilhões."
A expectativa agora é de que os números finais da colheita sejam consolidados até 13 de setembro, quando a amostragem das áreas estará completa. Até lá, a Aprosoja/MS continuará monitorando a situação, enquanto os produtores enfrentam um cenário de desafios econômicos e climáticos que afetaram drasticamente a produção de milho no estado.
Fonte: MS Todo Dia
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