Mesmo em um ano desafiador para a precificação da arroba do boi, o mercado externo de carne bovina em Mato Grosso do Sul registrou bons resultados no primeiro semestre. Conforme a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o Estado teve um aumento de 26,36% nas exportações de carne bovina em termos financeiros, o que representa US$124 milhões (R$ 700,8 milhões, na cotação de terça-feira, 6) a mais em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Esse crescimento também foi observado no volume de carne exportado, com um aumento de 45,247 mil toneladas em relação aos primeiros seis meses de 2023. No ano passado, 110,321 mil toneladas de carne bovina e seus derivados foram enviadas ao exterior, enquanto este ano esse número subiu para 155,568 mil toneladas, um acréscimo de 41,01%.
Em âmbito nacional, a exportação de carne cresceu 18,02% em comparação com o primeiro semestre do ano passado. O valor movimentado com a commodity foi de US$5,822 bilhões, um aumento de US$889 milhões em relação a 2023, quando o total foi de US$4,933 bilhões.
No que diz respeito ao volume comercializado, houve um salto de 33,87% entre janeiro e junho de 2024, com o envio de 1,440 milhão de toneladas de carne bovina, contra 1,076 milhão em 2023.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Frios e Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicadems), Sérgio Capuci, afirmou que o crescimento no Estado já era esperado. "O principal fator foi a habilitação de plantas frigoríficas para novos mercados importadores, como as que foram autorizadas a exportar para a China", explicou.
Aldo Barrigosse, especialista em mercado exterior, atribui o aumento no volume de exportação de carne bovina aos preços mais competitivos, o que resultou em maiores volumes exportados, mas com um preço médio por tonelada menor.
"Os destaques foram as compras da China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. Vale lembrar que o Brasil é líder em exportações de carne. Esses números vêm se mantendo firmes desde novembro de 2023, e a expectativa é de continuidade desse crescimento em 2024", analisou Barrigosse.
O economista do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG) destacou que o aumento nas exportações é uma consequência positiva e esperada, dada a queda dos preços internos da carne bovina. "Estamos em um momento em que os preços da proteína estão mais acessíveis devido aos desequilíbrios causados pelo fim da pandemia", reforçou.
Melo acrescentou que a pandemia deixou como legado um grande excedente de fêmeas retidas, que produziram um excesso de bezerros, que neste ano começaram a atingir a idade de abate, aumentando substancialmente a oferta de animais prontos para o abate.
Arroba
Desde que a queda no preço da arroba do boi começou em meados de abril de 2023, não houve grandes altas nos preços da carne bovina, como as observadas entre 2020 e 2022.
Nos últimos meses, houve oscilações entre altas e quedas pontuais, com preços variando entre R$ 210 e os atuais R$ 225 por arroba, conforme dados da Granos Corretora, coletados nos últimos dias de julho em Mato Grosso do Sul.
"Com essa relativa estabilidade de preços, em níveis muito competitivos no cenário internacional, conseguimos escoar grande parte da produção excedente por meio das exportações, o que é benéfico para a economia de MS e para o setor. Exportações mais fortes ajudam a reequilibrar a oferta de carne na economia do Estado, aproximando os preços da realidade que os produtores necessitam", concluiu Melo.
Fonte: MS Todo Dia com Correio do Estado
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