Em sessão ordinária realizada a portas fechadas nesta quarta-feira (18), os vereadores da Câmara Municipal de Cassilândia decidiram, por maioria, pela cassação do mandato de Peter Saimon (PP).
O processo de cassação foi iniciado após o vereador cometer uma infração de trânsito, mas ele alega que a ação tem motivações políticas, apontando sua posição como opositor ao prefeito Valdecy Costa (PSDB) como o principal motivo.
Nove parlamentares votaram a favor da cassação: Arthur Barbosa (União Brasil), Luiz Fernando (União Brasil), Zé Divino (PSDB), Oba Oba (PSDB), Martiniano (PSDB), Leandro (PSDB), Longuimar (PDT), Fernanda (Republicanos) e Nelson Gomes (Republicanos). Apenas dois vereadores se posicionaram contra: Sumara Leal (PP) e Admilso (PRD).
Do lado de fora da Câmara, apoiadores de Peter Saimon protestaram usando narizes de palhaço. "Foi algo político, pois sou o principal opositor do prefeito, denunciei diversas irregularidades. Me cassar a 15 dias da eleição", afirmou o ex-vereador ao Midiamax.
A sessão, que ocorreu sem a presença de público por recomendação da Polícia Militar, visava, segundo o presidente da Câmara, Arthur Barbosa, "garantir a ordem pública" e respeitar o regimento interno.
Conforme apurado, quem pediu abertura de procedimento por improbidade foi o próprio suplente de Peter, Cleiton Borges. A acusação é que Simon estaria recebendo salário da Câmara mesmo com os direitos políticos suspensos.
Segundo o Jovem Sul News, o que motivou a suspensão dos direitos políticos do vereador foi uma condenação por dirigir embriagado antes do mandato, na cidade paulista de Santa Fé do Sul. Já o vereador alega que a decisão é injusta porque ele cumpriu a pena.
Peter Saimon chegou a pedir ao Tribunal de Justiça de MS a suspensão da comissão processante, mas foi derrotado. O presidente da Câmara, Arthur Barbosa (União Brasil), detalhou que o vereador Simon incorreu em dois crimes.
''Improbidade administrativa por omissão, porque ele tinha ciência da suspensão e continuou exercendo o mandato e quebra de decoro por recebimento de vantagem indevida'', comentou o presidente.
Arthur lamentou que o vereador em questão usa as redes sociais para manipular o entendimento de pessoas ''menos esclarecidas'' sobre o caso. Ele destacou que a suspensão dos direitos políticos de Simon se deu em abril de 2021 e vigorou até este ano. Mesmo assim Peter continuou exercendo o mandato e por isso incorreu nos dois crimes.
''Não há que se falar em desconhecimento do que preceitua as leis de nosso município. Nossa Lei Orgânica no artigo 43, expõe que perderá o mandato o vereador que tiver seus direitos políticos suspensos'', escreveu Barbosa.
O prefeito Valdecy Costa foi procurado para comentar o caso, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.
Fonte: MS Todo Dia
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