O valor do pedágio ao longo dos 870 quilômetros da chamada Rota da Celulose, que será concedida à iniciativa privada em Mato Grosso do Sul, poderá ser até 100% superior ao que é cobrado atualmente na BR-163.
Isso se não houver deságio no leilão marcado para 5 de dezembro, na bolsa de valores de São Paulo. A cobrança, caso ocorra, terá início um ano após a assinatura do contrato.
Mesmo que o principal critério para definir a empresa vencedora seja a menor tarifa de pedágio, o edital da concessão, publicado nesta segunda-feira (23), limita o deságio em 20%.
Isso significa que, na melhor das hipóteses, o motorista pagará ao menos 60% a mais do que desembolsa hoje na BR-163, onde a tarifa média é de R$ 0,0855 por quilômetro.
O valor teto previsto para trechos de pista simples na Rota da Celulose é de R$ 0,1613 por quilômetro, enquanto em pistas duplicadas o custo pode chegar a R$ 0,2258.
Mesmo com o desconto máximo de 20%, o motorista pagará R$ 119,20 para percorrer os 870 quilômetros de rodovias, e se não houver deságio, o valor pode saltar para R$ 149,00, segundo o Correio do Estado.
Supondo que não haja disputa pela concessão e o valor do pedágio seja fixado pelo teto, o motorista de carro de passeio terá de desembolar em torno de R$ 22,00 para fazer os cem quilômetros entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. E, se houver disputa acirrada, ainda assim a tarifa será da ordem de R$ 18,00.
Em média, o gasto de combustível entre a Capital e Ribas é da ordem de R$ 50,00 atualmente. Após a cobrança do pedágio, este gasto aumentará em cerca de 35%, levando em consideração que haja disputa. Mas, se não houver, o custo desta viagem vai aumentar em cerca de 45% por conta do pedágio.
Para fazer os 310 quilômetros entre Campo Grande e Bataguassu, passando pela MS-040, o condutor de um carro de passeio gasta em torno de R$ 160 com o combustível atualmente. A partir do início da cobrança de pedágio, esse valor será acrescido de cerca de R$ 50, caso o vencedor não ofereça deságio. E, se oferecer o desconto máximo, serão em torno de R$ 40 de taxas.
O Projeto
Conforme o projeto, serão privatizadas as rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS- 395 (de Campo Grande a Bataguassu, passando por Santa Rita do Pardo) e trechos das federais BR-262 (entre Campo Grande e Três Lagoas) e da BR-267 (de Nova Alvorada do Sul até a divisa com São Paulo).
A concessão será por 30 anos e a previsão é de que sejam investidos em torno de R$ 9 bilhões em capital privado. Além das duplicações, a previsão é de que sejam 457 km de acostamentos, 203 quilômetros em terceiras faixas, 12 quilômetros de marginais e implantação de 36 quilômetros em contornos, retirando o tráfego das áreas urbanas de Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Santa Rita do Pardo e Bataguassu.
Também está prevista a implantação de seis travessias sobre a linha férrea, 22 passagens de fauna, principalmente ao longo da MS-040, 16 passarelas e três postos de parada e descanso aos caminhoneiros.
Gonforme o Governo estadual, para proporcionar mais segurança e prestação de serviços aos usuários a concessionária deverá implantar e operacionalizar os seguintes serviços: 19 guinchos para socorro mecânico, 13 ambulâncias de atendimento e socorro médico, 7 veículos de inspeção de tráfego, 5 caminhões-pipa para combate a incêndios, 5 caminhões adaptados para apreensão de animais e desobstrução de pistas e 13 postos de atendimentos aos usuários com estacionamento, sanitários, telefones e área de descanso.
A concessão prevê ainda o atendimento às diretrizes do programa Estrada Viva, do Governo do Estado, para preservação da fauna silvestre. Entre eles, a implantação de dispositivos de prevenção de acidentes como passagens de fauna, tela condutora, placas de alerta e lúdicas, controladores de velocidade bem como serviço de Resgate e Reabilitação de Fauna e ações de educação ambiental dos usuários e comunidade em geral.
Fonte: MS Todo Dia
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