Governo de MS volta a leiloar concessão da Rota da Celulose com expectativa de disputa entre consórcios

Leilão acontece no dia 8 de maio na B3, após fracasso em 2024; projeto envolve 870 km de rodovias e investimento bilionário

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O governo de Mato Grosso do Sul volta a colocar em disputa, na próxima semana, a concessão da Rota da Celulose, projeto rodoviário considerado estratégico para a logística e a economia do Estado. O leilão está marcado para o dia 8 de maio, na sede da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, e ocorre após o fracasso da primeira tentativa em dezembro de 2024, quando nenhuma proposta foi apresentada.

Desta vez, o governador Eduardo Riedel (PSDB) demonstra otimismo e espera uma concorrência acirrada. “Se tiverem três, quatro propostas, pelo menos vai ter briga no leilão. Aí nós estamos mais tranquilos”, afirmou.

Os envelopes com as propostas devem ser entregues já na segunda-feira (5), o que permitirá ao governo saber quantos consórcios estão oficialmente na disputa. Segundo Riedel, ao menos seis grupos demonstraram interesse até o momento, realizando consultas e estudos técnicos.

A concessão compreende 870 quilômetros de rodovias, envolvendo trechos das BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395, atravessando nove municípios: Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Anaurilândia. O objetivo do projeto é fortalecer a logística da indústria de celulose, setor estratégico no Estado, e dar suporte à consolidação do Corredor Bioceânico.

O contrato da concessão prevê investimentos da ordem de R$ 6 bilhões em infraestrutura, como a duplicação de 116 km de rodovias, além de custos operacionais estimados em R$ 3 bilhões ao longo de 30 anos. A regulação será feita por agência estadual, e a concessão é apontada como uma das principais apostas do governo sul-mato-grossense para ampliar a competitividade da produção local e melhorar a conectividade com mercados internacionais.

O secretário de Governo, Rodrigo Perez, também reforçou a expectativa de sucesso do leilão. “Acreditamos que há de três a cinco grupos analisando o edital. Temos informações de que há técnicos no trecho, medindo, avaliando. Isso indica que há interesse real”, afirmou, embora ressalte que a identidade das empresas segue desconhecida, já que a movimentação ocorre por meio de consultorias terceirizadas.

A sessão pública do leilão será transmitida ao vivo, a partir das 13h (horário de MS), no dia 8. O governador, o vice e integrantes do alto escalão estadual estarão presentes na B3 para acompanhar a disputa. “É um leilão da Bolsa, o governo é apenas um observador. Mas estaremos lá: eu, o governador, o vice, os secretários. Estamos animados”, concluiu o secretário.

Fonte: MS Todo Dia

Foto: Henrique Kawaminami/CG News

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