Projeto inicia restauração no Alto Taquari para preservar nascentes e abastecimento do Pantanal

Iniciativa é conduzida pelos institutos Taquari Vivo e SOS Pantanal e começou após expedição com 30 representantes de 22 entidades

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Os institutos Taquari Vivo e SOS Pantanal deram início ao projeto Caminho das Nascentes, que prevê a restauração de 378 hectares de terras no entorno do Rio Taquari, com foco no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari e no Monumento Natural Municipal Serra do Bom Jardim, ambos localizados em Alcinópolis, região norte de Mato Grosso do Sul.

A iniciativa foi lançada após a realização da Expedição Alto Taquari, entre os dias 28 e 30 de abril, com a participação de 30 representantes de 22 instituições. Durante os três dias, os envolvidos visitaram áreas prioritárias para a recuperação ambiental, incluindo o Parque Natural Municipal Templo dos Pilares, conhecido por suas pinturas rupestres e relevância arqueológica.

Segundo a SOS Pantanal, o projeto inclui ações de terraceamento, curvas de nível, plantio direto e semeadura, com foco na recuperação de áreas degradadas por voçorocas — tipo de erosão severa que forma grandes sulcos e ravinas — e na restauração do curso hídrico e da biodiversidade local.

“Quando falamos em preservação do Pantanal, temos de ter consciência do papel fundamental da restauração das nascentes no entorno. Nesse sentido, a Bacia do Taquari é essencial para a existência do Pantanal”, afirmou Gustavo Figueirôa, biólogo e diretor de comunicação e engajamento da SOS Pantanal.

O diretor-executivo do Instituto Taquari Vivo, Renato Roscoe, destacou que recuperar as nascentes do Alto Taquari é garantir o abastecimento do Pantanal. “Quando restauramos essas áreas, estamos ajudando a reequilibrar o ciclo da água, proteger a biodiversidade e melhorar a vida das pessoas que vivem nessa região. É um trabalho que exige planejamento, parceria e, acima de tudo, compromisso com o futuro”, declarou.

A nova fase do projeto será financiada pelo edital Corredores da Biodiversidade – Floresta Viva, que reúne recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da Petrobras. Participam como parceiros órgãos como o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), por meio do Laboratório de Ecologia da Intervenção (LEI), e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

O projeto Caminho das Nascentes representa um esforço integrado para manter a integridade do Pantanal, garantindo que ele continue a receber água limpa e em volume adequado, em meio às crescentes pressões ambientais sobre seus afluentes.

Fonte: MS Todo Dia

Foto: Divulgação-SOS Pantanal

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