Casos de abuso de menores envolvendo animais seguem sob investigação e aguardam laudos periciais em Cassilândia

Inquéritos ainda não foram concluídos por dependerem da análise de celulares apreendidos; vídeos mostram adolescentes molestando cavalo sob incentivo de adultos

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Os casos envolvendo adolescentes em práticas de zoofilia, registrados na zona rural de Cassilândia, seguem sob investigação e ainda não foram concluídos pela Polícia Civil. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (15) pela promotora de Justiça Dra. Mayara, em entrevista ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca.

Segundo a promotora, um dos principais motivos da demora no andamento do inquérito é a análise dos celulares apreendidos com os investigados, que estavam em posse deles quando os boletins de ocorrência foram registrados. “Essa é uma prova que exige tempo técnico para ser finalizada. Só após os laudos periciais e a conclusão da investigação pela autoridade policial, os inquéritos serão oficialmente encaminhados ao Ministério Público”, explicou.

Os casos ganharam repercussão após a circulação de dois vídeos em grupos de WhatsApp. Nas imagens mais recentes, um jovem — aparentemente menor de idade — aparece ajoelhado e sendo incentivado a molestar um cavalo, sob risos e incitação de outros homens. Um dos envolvidos chega a segurar a genitália do animal e bater com ela no rosto do adolescente, dizendo: “Vai, vai. De novo, de novo.”

As imagens foram registradas na mesma fazenda, localizada na zona rural de Cassilândia, onde outro caso semelhante já havia sido denunciado uma semana antes. No vídeo anterior, um adolescente de 16 anos aparece ajoelhado, tocando o órgão genital do mesmo cavalo, sob ordem de dois homens adultos — identificados como empresários do município.

A mãe de um dos menores procurou a polícia logo após tomar conhecimento dos vídeos. Segundo relatou, o filho frequentava a propriedade rural dos empresários para participar de atividades com animais, como laço e manejo, mas não imaginava que o adolescente estivesse sendo submetido a situações abusivas.

O Ministério Público aguarda o fim das diligências e a entrega dos laudos técnicos dos celulares para decidir sobre as medidas judiciais cabíveis. O caso segue em sigilo por envolver menores de idade, e os nomes dos investigados não foram divulgados oficialmente.

Fonte: MS Todo Dia

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