Pix automático começa a funcionar nesta segunda com promessa de substituir débito automático e boleto

Nova modalidade do Banco Central permitirá pagamentos recorrentes com uma única autorização, beneficiando consumidores e empresas

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Entrou em vigor nesta segunda-feira (16) o Pix automático, nova funcionalidade criada pelo Banco Central que permite o pagamento de compromissos recorrentes de forma automática, com uma única autorização inicial do cliente. A ferramenta foi desenvolvida como alternativa ao débito automático e aos boletos bancários, prometendo mais praticidade e segurança tanto para consumidores quanto para empresas.

A partir de agora, pessoas físicas poderão autorizar cobranças periódicas de empresas e prestadores de serviços — como contas de luz, água, telefone, mensalidades escolares, academias, assinaturas digitais e clubes de assinatura — diretamente pelo aplicativo do banco, sem a necessidade de autorizações mensais.

Como funciona o Pix automático

O processo é simples: a empresa envia um pedido de autorização ao cliente, que acessa o aplicativo do banco ou instituição financeira e seleciona a opção “Pix automático”. Depois de ler e aceitar os termos, o cliente define a periodicidade da cobrança, o valor (fixo ou variável) e o limite máximo por transação. A partir da data combinada, os pagamentos passam a ser feitos automaticamente, todos os dias da semana e em qualquer horário — inclusive feriados.

O usuário poderá cancelar a autorização ou ajustar os valores e a periodicidade sempre que desejar.

Quem pode usar

Neste primeiro momento, somente pessoas físicas podem ser pagadoras, enquanto empresas e prestadores de serviços atuam como recebedores. Pagamentos recorrentes entre pessoas físicas — como mesadas ou salários de trabalhadores domésticos — devem continuar sendo feitos por meio do Pix agendado recorrente, que se tornou obrigatório em outubro de 2024.

Segurança e regras para empresas

Para evitar fraudes, o Banco Central estabeleceu critérios rigorosos para adesão das empresas ao Pix automático. Apenas empresas com pelo menos seis meses de atividade poderão utilizar o serviço, após passarem por uma checagem que inclui:

Data de inscrição no CNPJ;
Situação cadastral dos sócios e administradores;
Compatibilidade entre atividade econômica e o serviço oferecido;
Número de funcionários, capital social e faturamento;
Histórico de transações e uso de meios de cobrança anteriores.
As instituições financeiras serão responsáveis por verificar essas informações antes de habilitar o uso do Pix automático.

Expectativa de alcance

O Banco Central estima que o novo recurso possa beneficiar até 60 milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito, facilitando o acesso a serviços pagos de maneira periódica. Microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas também devem se beneficiar da novidade, substituindo o Pix agendado recorrente — que exige maior atenção no preenchimento e tem mais margem para erros.

Com o Pix automático, o BC amplia ainda mais o alcance do sistema instantâneo de pagamentos, que desde seu lançamento em 2020 já movimentou trilhões de reais e se consolidou como principal meio de pagamento no Brasil.

Fonte: MS Todo Dia

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