Caçador de Costa Rica abate javali de 300 kg e 2,20 m, o maior já visto na região

Animal foi abatido na noite de quinta-feira (21), às margens do Clube de Tiro CTC 306; caçador Cidão relatou ao Jornal MS Todo Dia os detalhes de uma caçada inesquecível

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O maior javali já visto em Costa Rica

Na noite da última quinta-feira (21), às 19h15, a aproximadamente 40 km de Costa Rica (MS), o caçador Aparecido Gonçalves de Souza 43 anos, conhecido Cidão da Loja Caça & Pesca Costa Rica, realizou um dos abates mais impressionantes já registrados na região: um javali macho de 300 kg e 2,20 metros de comprimento. Segundo ele, esse foi o maior exemplar já caçado na cidade.

A caçada aconteceu nas proximidades do Clube de Tiro CTC 306, divisa com a Fazenda Bom Jesus, propriedade de Marcelo Duarte. Acompanhado do filho, Jorge Guilherme, e do colaborador Arthur, Cidão relatou ao Jornal MS Todo Dia a experiência que descreve como “indescritível e emocionante”.

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Cidão, o caçador que quebrou o recorde ao abater um javali gigante de 300 kg e 2,20 m em Costa Rica.

Como foi a caçada

De acordo com o caçador, o grupo já havia avistado o javali cerca de 30 dias antes, mas só na última quinta-feira foi possível concretizar a aproximação. Utilizando um aparelho de visão termal para localizar a silhueta do animal no meio da lavoura colhida, eles identificaram dois exemplares: uma fêmea e o gigante macho.

“Era algo que eu nunca tinha visto. Quando avistamos, descemos da caminhonete, fizemos a aproximação e percebemos o tamanho descomunal do animal. Fiz os primeiros disparos com uma carabina Puma calibre 357, mas não acertei. Foi então que subimos na caminhonete e, em perseguição lateral, consegui alvejá-lo na cabeça. Ele tombou na hora. A emoção foi algo que não dá pra descrever”, contou Cidão.

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Após a captura, o javali pesou oficialmente 300 kg, exigindo grande esforço da equipe para ser transportado.

O perigo e a técnica

Segundo Cidão, a caçada exige preparo e sangue frio, já que um animal dessa proporção representa perigo real para seres humanos e até para cães de caça. “Um javali desse tamanho não tem predador natural, nem mesmo a onça encara. Ele é como um tanque de guerra. Se resolver atacar, não há quem segure”, alertou.

A estratégia envolveu o uso de recursos tecnológicos e técnicas precisas. “Utilizamos câmera termal para detectar o calor, depois aproximamos com a lanterna e, finalmente, com a arma de fogo. É preciso muita calma, responsabilidade e experiência para evitar riscos fatais”, reforçou o caçador.

Problema crescente na região

Além do feito inédito, o caçador destacou a preocupação com a superpopulação de javalis no Mato Grosso do Sul, especialmente em municípios como Costa Rica, Chapadão do Sul, Figueirão, Paraíso das Águas e Alcinópolis.

Hoje, estima-se que haja entre 1.000 e 1.200 caçadores legalizados na região, todos devidamente cadastrados no Exército e no Ibama. Ainda assim, o controle é insuficiente. “Uma fêmea pode parir duas vezes ao ano, com até 14 filhotes por vez. Em seis meses, as fêmeas já estão aptas a reproduzir. É uma multiplicação sem controle”, explicou.

Parceria com produtores rurais

Cidão afirmou que muitos proprietários rurais permitem a prática da caça em suas áreas como forma de controle da praga, desde que feita com responsabilidade. “É uma parceria: nós controlamos os animais e eles nos dão acesso às áreas. Claro, alguns ainda têm receio, mas a maioria apoia porque sabe dos prejuízos que o javali causa às lavouras e ao meio ambiente”, disse.

Experiência e responsabilidade

Caçador credenciado desde 2017 como controlador de fauna exótica invasora, Cidão reforçou a importância de sempre manter a documentação em dia, respeitar as regras e ter preparo adequado. “Um erro pode ser fatal. Se o disparo falha e o javali parte para cima, ele pode matar ou ferir gravemente. Por isso só levo comigo quem é treinado e preparado”, alertou.

Ele também destacou o lado ambiental da prática: “O javali não é nativo. Ele destrói nascentes, lavouras, plantações, come ninhos e filhotes de outros animais. Controlar essa espécie é também preservar nossa fauna e flora”.

Destino do animal abatido

O javali, segundo Cidão, estava em boas condições de saúde e será totalmente aproveitado para produção de salame. Estima-se que tivesse entre 7 e 8 anos de idade.

“Foi uma caçada marcante, uma das maiores emoções da minha vida. Já abati animais de 150 a 200 kg, mas nada parecido com esse. Foi único”, finalizou o caçador.

O abate histórico do javali de 300 kg em Costa Rica entra para os registros como um dos maiores já realizados no Mato Grosso do Sul, reacendendo o debate sobre a necessidade urgente de controle da espécie invasora na região.

Fonte: Jornal Ms Todo Dia 

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