MP investiga corte ilegal de árvores e desmatamento em Coxim

Inquéritos apuram extração irregular de madeira nativa em fazenda e infrações ambientais em pesqueiro; multas somam R$ 58 mil

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Coxim, instaurou dois inquéritos civis para investigar irregularidades ambientais no município. As apurações envolvem desde o corte ilegal de árvores nativas até desmatamento em áreas de preservação permanente. As investigações foram divulgadas no Diário Oficial da instituição nesta terça-feira (16).

O Inquérito Civil nº 06.2025.00000810-9 apura o corte irregular de 121 árvores das espécies angico e carvão-branco em uma fazenda da região. A madeira foi utilizada para a confecção de postes e lascas, conforme denúncia anônima confirmada por fiscalização do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). No local, foram encontrados 386 postes já instalados em cercas e outros 1,2 mil ainda não utilizados, totalizando cerca de 1,6 mil unidades de madeira extraídas sem autorização ambiental.

O proprietário foi autuado administrativamente e multado em R$ 36,3 mil, valor calculado a R$ 300 por árvore cortada. A Promotoria determinou diligências como notificação do autuado, requisição de documentos, além de ofícios ao Imasul, ao Cartório de Registro de Imóveis e ao Núcleo de Geotecnologias (Nugeo) do MPMS.

Já o Inquérito Civil nº 06.2025.00000648-8 apura cinco infrações cometidas em um pesqueiro na zona rural de Coxim. Foram constatados: a queima de 291 m² de vegetação nativa; o corte de 19 árvores fora da Reserva Legal; o desmate de 1,1 hectare de vegetação; o acesso de bovinos a um córrego em Área de Preservação Permanente (APP); e a supressão de 15,3 hectares de vegetação nativa sem autorização ambiental.

O proprietário do imóvel foi autuado em quatro autos de infração, totalizando R$ 21,7 mil em multas. Ele alegou que ateou fogo apenas em madeiras mortas, mas as chamas se espalharam pela vegetação. Também admitiu ter cortado árvores para construir um rancho e desmatado acreditando que não precisaria de autorização.

Os procedimentos seguem em tramitação, e o MPMS afirma que a atuação reforça o compromisso com a proteção do meio ambiente e a responsabilização de infratores.

Fonte: MS Todo Dia

Foto: Divulgação/PMMS

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