Citricultura cresce em Cassilândia, já soma mais de 500 mil pés de laranja plantados e deve atingir até 2.900 hectares

Setor já gera empregos diretos e expectativa é que, na época da colheita, o número salte para aproximadamente mil pessoas

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O setor de citricultura em Cassilândia está em franca expansão e já desponta como uma nova frente econômica no município. Em entrevista concedida nesta sexta-feira (26) ao repórter Hermezes Côrtes, no programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca, o representante do segmento, Candinho, apresentou números, avanços e preocupações relacionadas ao cultivo de laranjas na região.

Candinho destacou o apoio da Prefeitura, da Câmara de Vereadores e da Energisa na viabilização da infraestrutura necessária para a irrigação dos pomares. Segundo ele, a concessionária liberou um terço da energia destinada ao reservatório da Frucamp, que tem capacidade para 10 milhões de litros de água.

“Hoje já conseguimos irrigar parte do pomar. É um processo penoso, que funciona 24 horas por dia, mas que está garantindo a vitalidade das plantações”, relatou. A fase final da irrigação está sendo implantada nas fazendas São José e Nossa Senhora Aparecida (Agro Hernandes).

Atualmente, a Fazenda da Divisa (Frucamp) conta com cerca de 700 hectares plantados, totalizando entre 320 e 330 mil pés de laranja. Já o Agro Hernandes soma aproximadamente 240 mil pés plantados.

Somados, os projetos em andamento devem alcançar 2.800 a 2.900 hectares de laranja, incluindo o novo plantio que a Frucamp inicia em novembro na Fazenda Santa Maria. Além disso, um produtor parceiro já mantém outros 300 hectares em cultivo.

O setor já gera empregos diretos: atualmente, são cerca de 40 trabalhadores contratados pela Frucamp e outros 40 a 45 pelo Agro Hernandes. A expectativa é que, na época da colheita, o número salte para aproximadamente mil pessoas, beneficiando em torno de 700 famílias.

A colheita poderá começar já no segundo ano de plantio, graças a técnicas modernas. Na Fazenda Divisa, 85 mil pés de laranja plantados em 2024 devem começar a produzir caixas entre maio e junho do próximo ano. Entre as variedades cultivadas estão hamel, pera rio, folha murcha e valência.

Parte da produção abastecerá o mercado interno de Cassilândia. O excedente será enviado para a fábrica de suco em Catanduva (SP).

Segundo Candinho, para que Cassilândia tivesse sua própria indústria de sucos, seria necessário alcançar uma área muito maior: “Para instalar uma fábrica, precisaríamos de algo em torno de 40 a 50 mil hectares plantados”, explicou.

Alerta contra o greening

Apesar do otimismo, Candinho fez um alerta às autoridades sobre o risco do greening, doença que tem devastado pomares em São Paulo. Ele disse que alguns pomares da região não estão recebendo os cuidados adequados nem pulverização, o que pode comprometer toda a cadeia produtiva.

“É um pedido de socorro. Precisamos que todos cuidem de seus pomares, mesmo os pequenos. O greening pode colocar em risco todo o investimento feito e impedir que Cassilândia aproveite essa oportunidade histórica de crescimento”, reforçou.

O representante acredita que a chegada e consolidação da citricultura vai transformar o comércio e a economia local. “Com a instalação desses grandes projetos, Cassilândia terá um novo ciclo de desenvolvimento, capaz de gerar emprego, renda e novas oportunidades para a população”, finalizou.

Fonte: MS Todo Dia

Foto: Karla Nadai/Arquivo Pessoal

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