Produtores de Munhoz e Mariano são condenados por dar whisky à adolescente em show em MS

Juiz reconheceu violação do dever de proteção integral e fixou multa de R$ 15 mil após jovem de 15 anos passar mal durante apresentação em Porto Murtinho.

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Os produtores de um show da dupla sertaneja Munhoz e Mariano foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) ao pagamento de multa no valor de R$ 15 mil, após um adolescente de 15 anos receber bebida alcoólica durante a apresentação realizada em Porto Murtinho, em junho de 2023. O episódio foi filmado e ganhou ampla repercussão nas redes sociais.

A decisão é da 2ª Vara da comarca de Jardim (MS), que reconheceu falha grave na organização do evento. Conforme a sentença, a produção permitiu a realização de uma dinâmica envolvendo consumo de álcool sem qualquer verificação da idade dos participantes, colocando o adolescente em situação de risco.

Imagem MUNHOZ E MARIANO BEBIDA ADOLESCENTE

Durante o show, o jovem foi convidado a subir ao palco para participar de uma “competição de dança”, sem saber previamente qual seria a forma de premiação. Após vencer a disputa, recebeu whisky diretamente na boca. Pouco tempo depois de descer do palco, passou mal, caiu desacordado e precisou ser socorrido pelo pai, sendo encaminhado a um hospital, onde permaneceu em observação até a manhã seguinte.

Em depoimento, um dos produtores admitiu que não houve checagem da idade dos participantes naquele evento. As imagens do ocorrido foram gravadas e amplamente divulgadas, reforçando a repercussão do caso.

Na ação judicial, a defesa do adolescente pediu indenização por danos morais e apontou o crime de fornecimento de bebida alcoólica a menor de idade. Já os organizadores do show alegaram que o jovem já estaria embriagado antes de subir ao palco, que teria concordado com a “brincadeira” e que haveria culpa exclusiva ou compartilhada da vítima.

Ao analisar o caso, o juiz rejeitou os argumentos da defesa e destacou que houve violação grave aos direitos do adolescente, que foi exposto publicamente a uma situação vexatória e de risco à integridade física, necessitando de atendimento médico. Para a Justiça, o episódio caracteriza falha grave na prestação do serviço de entretenimento, justificando a condenação dos responsáveis.

Fonte: MS Todo Dia
Imagens: Divulgação

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