O Governo de Mato Grosso do Sul divulgou recentemente um estudo detalhado sobre a concessão de um importante trecho rodoviário conhecido como Rota da Celulose, que abrange as rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, além de partes das rodovias federais BR-262 e BR-267, localizadas no leste do estado.
Uma das inovações do projeto é a implementação do sistema de pedágio eletrônico sem cabine, conhecido como free-flow (fluxo livre), que permite a cobrança de tarifas sem que os motoristas precisem parar ou reduzir a velocidade.
Este sistema utiliza tecnologia avançada, incluindo pórticos equipados com sensores e câmeras que identificam os veículos em movimento, registrando informações essenciais para a cobrança do pedágio, como data, hora da passagem e características do veículo.
Os motoristas poderão utilizar uma etiqueta eletrônica (TAG) fixada no para-brisa do veículo, permitindo o pagamento automático na fatura do serviço de pedágio eletrônico, similar ao que já ocorre nas praças físicas. Para aqueles que não possuem a TAG, será possível realizar o pagamento via aplicativo ou site da concessionária dentro de um prazo de 15 dias. O não pagamento resultará em multas e pontuação na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
O estudo técnico que fundamenta a concessão incluiu uma análise detalhada dos volumes de tráfego em 12 pontos potenciais para a instalação dos pórticos de pedágio. De acordo com os dados, cerca de 120.421 eixos rodantes trafegam diariamente por esses pontos, sendo que o trecho da BR-267 apresenta o maior volume, com 55.028 eixos rodantes diários, o que representa 45,7% do tráfego total.
O ponto de cobrança PFF04, localizado na BR-262, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, registra o maior percentual de veículos de passeio.
A definição dos locais para a instalação dos pórticos levou em consideração fatores como a maximização da receita, a minimização dos custos de arrecadação, a equidade na cobrança e a garantia de tarifas acessíveis aos usuários. Três configurações foram testadas:
- 10 pórticos com tarifas por trecho de cobertura (TCP): Ajusta o valor da tarifa de acordo com o trecho específico percorrido.
- pórticos com tarifas por TCP diferenciadas para o trecho Bataguassu/divisa de São Paulo: Considera tarifas especiais para o trecho que faz divisa com o estado vizinho.
- 2 pórticos com tarifas iguais, exceto para o trecho Bataguassu/divisa de São Paulo: Oferece uniformidade tarifária em quase todo o percurso, com exceção da divisa mencionada.
A análise concluiu que a configuração com 12 pórticos e tarifas por TCP é a mais vantajosa, oferecendo a menor tarifa média e beneficiando os usuários frequentes do sistema.
A política tarifária para a futura concessão prevê uma tarifa quilométrica de R$0,1613/km para pistas simples, com um acréscimo de 40% para pistas duplas. Além disso, poderão ser oferecidos incentivos para motoristas que utilizarem o sistema de identificação automática de veículos, como um desconto de 5% na tarifa. Também haverá descontos progressivos de até 20% para usuários frequentes, incentivando o uso constante das rodovias.
Importante destacar que, conforme estipulado pela Portaria Nº 104 do Ministério da Infraestrutura, de 11 de agosto de 2021, as motocicletas serão isentas de tarifas de pedágio, beneficiando motociclistas e incentivando o uso de veículos de duas rodas.
Fonte: MS Todo Dia
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Publicado em 06/09/2024 às 11h38 - Atualizado em 06/09/2024 às 11h40 - Por Renan Carrijo