Chegou a Mato Grosso do Sul a nova estratégia do Governo Federal para enfrentar o aumento das mortes maternas no estado: o programa Rede Alyne. Este programa busca reestruturar a antiga Rede Cegonha, com a meta de reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027 em todo o país.
O Brasil é o primeiro país condenado em corte internacional por morte materna evitável, reconhecida como uma violação dos direitos humanos das mulheres a uma maternidade segura. Em 2011, foi lançada a Rede Cegonha, que ampliou o cuidado às mulheres durante a gestação e o parto. No entanto, nos últimos anos, esses avanços foram descontinuados, levando a um aumento significativo na mortalidade materna.
Em termos absolutos, o número de mortes subiu para 3.030 em 2021, durante a pandemia de Covid-19, representando um crescimento de 74% em relação a 2014. Em Mato Grosso do Sul, o aumento foi de 107%, com os óbitos passando de 26 em 2014 para 54 em 2021.
A Rede Alyne apresenta inovações importantes, incluindo um plano integrado entre a maternidade e a Saúde da Família, com a qualificação das equipes de Saúde da Família e a ampliação do Complexo Regulatório do SUS com uma equipe especializada em obstetrícia. Isso visa acabar com a peregrinação das gestantes, garantindo vagas para atendimento prioritário e suporte no deslocamento para a maternidade.
Em 2024, o Ministério da Saúde investirá R$ 400 milhões na Rede Alyne, com o investimento aumentando para R$ 1 bilhão em 2025. A distribuição dos recursos será mais equitativa, reduzindo desigualdades regionais e raciais, e o financiamento será baseado no número de nascidos vivos, local de residência e município do atendimento.
O repasse para exames pré-natais será triplicado, passando de R$ 55 para R$ 144 por gestante, com a inclusão de novos testes rápidos para HTLV, hepatite B e C.
Além disso, a Rede Alyne prevê a estruturação de equipes especializadas em atendimento materno e infantil, disponíveis 24 horas, 7 dias por semana, e custeio mensal de R$ 50,5 mil para ambulâncias destinadas à transferência de gestantes e recém-nascidos graves.
Por meio do Novo PAC Saúde, serão construídas 36 novas maternidades e 30 novos Centros de Parto Normal, com um investimento total de R$ 4,85 bilhões. Essas ações beneficiarão diretamente mais de 30 milhões de mulheres, especialmente nas regiões com os piores índices de mortalidade materna.
Fonte: MS Todo Dia
Foto: Divulgação
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